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Inversamente, a expansão ultramarina que se seguiu é apresentada como um desvio do rumo histórico “natural” da nação e como o elemento que levou à decadência do país, embora tenha sido positiva para o mundo como um todo. Ainda que figuras individuais como o infante D. Henrique mereçam deste Autor elogio, o período conduziu, ao subdesenvolvimento económico e à corrupção moral, produtos da excessiva riqueza estrangeira, ao passo que o império asiático nunca foi adequadamente administrado. A seu ver, o espírito português, enfraquecido pela expansão, é de seguida completamente eclipsado pelo domínio espanhol e pela subjugação da Igreja Católica; se o primeiro pode ser afastado ao fim de algumas décadas, a segunda tem consequências bem mais graves e duradouras na sociedade e mentalidade portuguesas (inclusive na produção artística, que para Young perde qualquer valor em Portugal depois do manuelino). Na fase que vai da Restauração da Independência à atualidade, o historiador lê a história do nosso país como um confronto entre o “Velho Portugal” – clerical, despótico e conservador, protagonizado pela vilipendiada Inquisição, pelos jesuítas, pela aristocracia e pela muitíssimo criticada dinastia de Bragança – e o “Jovem Portugal” – democrático e progressista, encabeçado por intelectuais como os da Escola de Coimbra. Se o segundo representa e avança o verdadeiro interesse nacional, ao primeiro correspondem apenas interesses particulares ou de classe. O primeiro é responsável pelo obscurantismo e atraso dos séculos XVII e XVIII, o segundo pelas conquistas, ainda que incompletas, do XIX. O Marquês de Pombal, figura ambígua, é encontrado no ponto de contacto entre um e outro campo. |
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