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Se no período da monarquia constitucional as tentativas de reforma e progresso, pós-Guerras Liberais, tinham sido obstruídas pelas classes altas caducas e pelo parlamentarismo rotativista, Young acredita que os republicanos – cujo desenvolvimento como fação, golpe revolucionário e primeiros anos de governo são narrados de forma desproporcionadamente minuciosa – vêm realizar finalmente a obra do “Jovem Portugal” e encaminhar o país para o desenvolvimento material e humano, reintroduzindo o governo democrático que é próprio a esta nação. As políticas de Afonso Costa, em particular, são elogiadas, incluindo a decisão de participar ativamente na Grande Guerra, uma vez que Portugal se contava entre as nações livres e progressistas, naturalmente opostas ao despotismo imperial da Alemanha e da Áustria. O Autor mostra confiança em relação ao futuro da República Portuguesa. Também alvo de louvor por parte deste historiador é a aliança entre Portugal e a Inglaterra. Ao longo da obra, o papel dos britânicos na história portuguesa é constantemente referenciado, e por vezes exagerado, desde os cruzados que auxiliaram a conquista de Lisboa ao Ultimato de 1890, passando naturalmente pelo Tratado de Windsor e pelo “caráter inglês” dos filhos de D. João I. Embora reconhecendo ocasionais “erros” cometidos pelo seu país (como a excessiva interferência que se seguiu às Invasões Francesas), o Autor pinta a relação entre as duas nações em traços muito positivos, atribuindo a duradoura amizade à natureza marítima de ambos os povos, ao respeito de ambas pela liberdade e aos seus interesses em comum. Apesar das suas origens semi-aristocráticas , Young tinha simpatias de esquerda, sendo membro do Partido Trabalhista, pelo qual concorreu ao parlamento britânico em duas ocasiões, sem sucesso. Durante o seu tempo em Espanha esteve ligado a elementos da Frente Popular. A sua obra revela uma não-disfarçada preferência pelos ideais democráticos e pelo governo republicano, pelo menos para nações como Portugal. |
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