Em 1951, foi convidado para o Congresso Internacional de Estudos sobre Colombo, realizado em Génova, no V centenário do seu nascimento. A sua participação destacou-se, tendo sido nomeado Vice-Presidente da VII secção do Congresso Luso-Espanhol para o Progresso das Ciências, realizado em Málaga, no final desse ano. A partir de 1959, e até praticamente à data da sua aposentação, passou a leccionar também a cadeira de História de Portugal Contemporâneo no Curso de Língua e Cultura Portuguesas para estrangeiros. Paralelamente, integrou os júris dos exames de várias cadeiras da Licenciatura em História e do Curso de Ciências Pedagógicas e os júris da Licenciatura em Ciências Históricas e Filosóficas e em Ciências Geográficas. Fez também parte dos Conselhos dos Professores de Românicas, Germânicas, História e Filosofia; foi Presidente do júri dos exames de admissão à Faculdade e fez exames de Estado na Escola Comercial de Veiga Beirão.

A esta intensa actividade docente somava-se, desde 1934, a sua participação, como secretário e conferencista, no Curso de Férias da Faculdade de Letras de Lisboa, realizado a partir de 1934, no Museu Conde de Castro Guimarães, em Cascais. A iniciativa obteve assinalável êxito e prosseguiu ao longo de quase duas décadas graças ao seu empenhamento na elaboração de um programa eclético e abrangente que incluía excursões, visitas de estudo, concertos de música portuguesa e contava com a colaboração de importantes vultos da cultura nacional. Ao longo dos anos, sucessivas gerações de estudantes, alguns dos quais se tornaram individualidades destacadas no mundo intelectual e político, passaram pelas suas aulas.

Da reconstituição dos seus programas de ensino, ressaltam preocupações conceptuais e metodológicas abertas aos debates sobre a História, à busca de linhas de continuidade e de ruptura, às várias concepções do mundo e do homem e aos aspectos políticos, sociais, institucionais, económicos, religiosos, culturais e artísticos. A sua visão global e abrangente, procurando alcançar a complexidade do real em evolução e recusando as explicações unilaterais e simplistas nem sempre era entendida e apreciada pelos alunos embora, mais tarde, muitos viessem a reconhecer a dimensão ensaística da sua obra.

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