Os trabalhos relativos a essa candidatura foram apresentados em Fevereiro de 1920, tendo ficado concluídos no mês seguinte. No parecer abonatório que levou à sua admissão, repetem-se as assinaturas de Gama Barros e de Leite de Vasconcelos, que já haviam figurado no parecer para sócio correspondente, aos quais se juntaram Júlio de Vilhena e Francisco Maria Esteves Pereira. Todos foram unânimes em assinalar os “sólidos conhecimentos paleográficos” de Pedro de Azevedo, e os seus “não menos sólidos conhecimentos históricos”.

No interior da Academia das Ciência de Lisboa, Pedro de Azevedo desempenhou vários cargos: foi nomeado vogal do conselho administrativo, em 1921; eleito vice-presidente da Classe de Letras, em 1922; e, entretanto, escolhido para secretário dessa mesma classe. Um lugar que ainda exercia, em 1928, quando faleceu. Antes disso, por recomendação de Lopes de Mendonça e Leite de Vasconcelos, ocupara a posição deixada aberta por Gonçalves Viana na Comissão do Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa, e integrara, desde 1915, a direção dos Portugaliae Monumenta Historica, com responsabilidade direta pela edição dos dois últimos volumes da coleção.

No capítulo das obras de referência em que Pedro de Azevedo participou, é forçoso juntar às duas importantes contribuições anteriores, a edição dos quatro livros iniciais da História do Descobrimento e Conquista da Índia, de Fernão Lopes de Castanheda, bem como a direção da secção de gravuras e mapas da História de Portugal, devida a Herculano. Mas a maior parte dos escritos deixados por Pedro de Azevedo consistiram em estudos monográficos, que, na generalidade, ficam aquém, em quantidade e valor, do trabalho heurístico que realizou. No entanto, a maior parte da sua produção é fragmentária, logo dificilmente mensurável, o que prejudica em muito uma apreensão global e rigorosa da qualidade do seu trabalho intelectual, estando ainda por fazer a sua desejável reunião e sistematização. O grosso desses dispersos deve ser procurado em periódicos, com destaque para o Archivo Historico Portuguez, o Boletim da Segunda Classe da Academia das Ciências, o Archeologo Portuguez, os Anais da Bibliotecas e Arquivos Nacionais, a Revista de História e o Instituto, em resultado de encomendas ou de colaborações regulares com pessoas do seu círculo mais íntimo, como os referidos Anselmo Braancamp Freire e José Leite de Vasconcelos.

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