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Não obstante o seu perfil de homem reservado, Pedro de Azevedo teve uma intervenção significativa na vida intelectual do seu tempo, e não passou sequer à margem de certas polémicas, como aconteceu, por exemplo, quando lavrou um protesto contestando a campanha movida pelo jornal O Século contra David Lopes, seu consócio na Academia das Ciências de Lisboa. Todavia, a importância que teve para a história e para a historiografia portuguesa deve ser procurada sobretudo nas suas dimensões de pedagogo, de arquivista, de historiador e de diplomatista-paleógrafo, e não tanto no campo da intervenção política ou social. Os seus pressupostos historiográficos são fáceis de enunciar: a ideia do ensino como veículo essencial para o treino histórico; o rigor como exigência das tarefas de reconstituição do passado; a valorização do trabalho de arquivo como dever primário do historiador; o papel da edição e da crítica textual como peças essenciais para a promoção do conhecimento. |
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