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Na sua análise sobre o Brasil, o ponto de partida e a principal fonte para compreensão da colonização lusa é sem dúvida a obra de Oliveira Martins (Matos, “Manoel Bomfim e Oliveira Martins…”, 2015, p. 57). Na esteira do historiador lusitano (América Latina..., p. 88), Bomfim enaltece o Portugal heroico do século de Camões e da aventura ultramarina, ao passo que execra a dinastia de Bragança, em particular, o rei D. João VI. Avalia que a degeneração produzida pela colonização bragantina gerou a degradação política do Brasil. O “parasitismo” da antiga metrópole acarretou a expropriação das riquezas e do trabalho e incidiu sobre a formação social e psíquica do povo, ocasionando a falta de iniciativas que visassem o bem comum, “(...) a perversão do senso moral, o horror ao trabalho livre, o ódio ao governo, a desconfiança das autoridades e o desenvolvimento de instintos agressivos” (América Latina... pp. 158-159). Mas não só. O autor alega que o Brasil, cuja independência fora proclamada por um príncipe português, herdara do Reino o conservadorismo, responsável por manter situações de privilégio, além do amor à retórica, à fórmula escrita, ao decreto salvador e à solução livresca. |
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