Filho de Joseph Pierre David e de Euphanie de la Combe, nos vários esboços biográficos nada consta sobre o estatuto sócio-económico da sua família. Depois de completar os estudos secundários no seminário de La Côte (Saint-André), matriculou-se em 1899 na Universidade de Grenoble, cidade sede do seu local de nascimento. Aí estudou História Medieval e Literatura Provençal, tranferindo-se depois para a Sorbonne, onde, em 1900, se licenciou em Letras. Foi aluno dos grandes mestres Paul Fournier e Ulysses Chevalier. Em 1903 entrou no Seminário de Teologia de Grenoble, encerrado em 1905 pela Lei de Separação da Igreja do Estado. Sendo bibliotecário, P. D. conseguiu salvar da pilhagem algumas obras notáveis. Em 1905 seguiu para a Universidade Gregoriana de Roma, onde completa a formação eclesiástica, cursando Filosofia, Teologia, Direito Canónico e Sagrada Escritura.

Já depois de ter sido ordenado sacerdote (1908, S. João de Latrão) prosseguiu a sua formação na Escola Francesa de Roma, então dirigida pelo célebre linguista e historiador Mons. Louis Duchesne, de quem foi aluno. Frequentou também a Universidade de Roma, onde foi aluno de Ignazio Guidi, reputado orientalista e hebraísta. Ao mesmo tempo que frequentava as bibliotecas de Roma, em particular a vaticana, aperfeiçoava a sua formação em história eclesiástica, liturgia, latim e literatura medievais, arqueologia cristã e línguas orientais, especialmente árabe, copta e hebreu. Doutorou-se na Sorbonne em 1912. Entretanto, em 1908 havia sido nomeado capelão de São Luís dos Franceses.

Os últimos anos da sua formação junto de Duchesne e Guiudi, assim como de W. de Grüneisen, Christien Huelsen e Vicenzo Federici, foram também já de colaboração nas suas obras e projectos. Rapidamente se tornaram conhecidas e reconhecidas as suas competências em liturgia e arqueologia religiosa, pelo que integrou a primeira comissão encarregue por S. Pio X da reforma do Breviário. Colaborou também na importante monografia sobre a igreja de Santa Maria a Antiga, construída no forum romano (Sainte-Marie Antique, sob a direcção de Christian Huelsen e Vicenzo Federici, Roma, 1911). A sua colaboração, intitulada “Étude liturgique et hagiographique”, constituiu o seu primeiro trabalho de índole histórica, com data precisa, pois poderá ser anterior a publicação de textos coptas na Revue Biblique (fundada por P. Lagrange e editada pela École Pratique d’Études Bibliques, de Jerusalém) e na Revue de l’ Orient Chétien.

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