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Arqueólogo, pré-historiador, professor universitário, museólogo e patrimonialista, Manuel Farinha dos Santos nasce em Lisboa, na freguesia da Penha de França, a 24 de agosto de 1923, nela falecendo a 29 de setembro de 2001. Filho de tenente miliciano de engenharia e engenheiro de máquinas graduado pelo Instituto Superior Técnico, e de antiga aluna do Curso de Piano do Conservatório Nacional de Lisboa, M. Farinha dos Santos perde o pai aos 10 anos de idade e a mãe aos 15. Criado pelos avós maternos até ao fim da adolescência, convive com o universo livresco herdado do avô paterno, herói republicano, o que lhe faz nascer o gosto pela literatura e história. As dificuldades financeiras da família obrigam-no, porém, a dar explicações e a empregar-se aos 16 anos como dactilógrafo num escritório da Baixa, seguindo-se-lhe outros trabalhos e o serviço militar (Elogio do Prof. Dr., 2013, 16-17). M. Farinha dos Santos conclui o sétimo ano no Liceu Camões, distinguindo-se em Literatura. Aos 19 anos, matricula-se como aluno voluntário no Curso de Ciências Histórico-Filosóficas da Faculdade de Letras de Lisboa (FLUL). Quatro anos depois, casa com Esmeralda Farinha dos Santos, com quem tem dois filhos. Cursa árabe e sânscrito no Instituto de Línguas Orientais da Escola Superior Colonial; fraterniza com poetas; atua no Grupo Coral do Clube da Estefânia; dedica-se ao estudo das religiões. Formação complementar que se revela essencial no cumprimento da missão que lhe é atribuída após chefiar os serviços marítimos do porto de Lisboa entre 1953 4 1954. Parte, então, em comissão para a Índia Portuguesa, onde permanece dois anos, como voluntário da missão para montar uma brigada da Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE) na qual ingressara em 1947 após cumprir o serviço militar como alferes (A História da PIDE, 2007), e por ela contratado em 1949 como chefe de brigada. É aqui, no Oriente, já como subinspetor da PIDE, que aprofunda o interesse já cultivado pela arqueologia, consultando a biblioteca da secção arqueológica da Biblioteca do Instituto Vasco da Gama de Goa (1871) e lendo livros da especialidade que lhe são emprestados pelo seu amigo Panduronga Pissurlencar (1894-1969), diretor do Arquivo Histórico do Estado da Índia (Elogio do Prof. Dr., 2013, 18-19). |
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