Conferencista e ensaísta, repartiu a sua vida por Portugal, Espanha, Estados Unidos, México, Argentina e, especialmente, pelo Brasil, onde viveu parte da sua vida. Estas vivências estão reflectidas nas suas obras, em especial na variedade de assuntos tratados que vão da História à Literatura, da Crítica Literária ao Cinema, à Música e ao Jornalismo.

Em 1951 diagnosticado um problema de saúde de carácter neurovascular, regressa a Portugal onde veio a falecer em 1967.

O reconhecimento público oficial ocorre em 1957, com a atribuição da Grã-Cruz do Cruzeiro do Sul (Brasil) e do Grande Oficialato de Santiago da Espada (Portugal). O Diário de Notícias atribuiu-lhe um prémio pelo conjunto da sua obra, aproveitando o lançamento do livro Um Homem na sua Humanidade.

Fidelino de Figueiredo foi um interlocutor permanente com a elite intelectual do seu tempo, como atesta a sua extensa correspondência. Foi também um colaborador assíduo em jornais e revistas, nacionais e estrangeiros, havendo artigos seus em mais de 120 publicações periódicas.

Fidelino teve uma intervenção política que só durou até 1927, altura em que se envolveu numa tentativa de golpe militar (Golpe dos “Fifis”), em que acabou preso e exilado. Foi um político de segundo plano no panorama da 1ª República. Visto como um homem da cultura, as suas intervenções centraram-se na defesa de uma atitude de coerência ética e ideológica. Assumidamente conservador e nacionalista, em 1915, para além de membro da União Republicana de Brito Camacho, adere à Liga Nacional. Em 1918 abandona o partido quando os unionistas deixaram de apoiar Sidónio Pais. Foi candidato às eleições para a Câmara de Lisboa, (4 de Novembro de 1917), deputado (1918-19) e candidato ao parlamento (1921, 1922 e 1925). Na senda do sidonismo, em 1919 adere ao Partido Republicano Conservador. Nos acontecimentos de 19 de Outubro de 1921 («Noite Sangrenta»), Fidelino fazia parte da lista de personalidades a serem presas e, eventualmente, assassinadas, o que não ocorreu por se ter ausentado da sua residência. Foi a partir deste facto que o seu posicionamento político se radicalizou, mais «por protesto contra a República», aproximando-se da Causa Monárquica, onde participou como independente nas listas eleitorais (1921 e 1922) e com candidato plenamente integrado nessa área política, em 1925.

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