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Destacaram-se nessa “escola” nomes como Dejanirah Couto e Jacques Paviot em França e, mais tarde em Portugal, Jorge Flores, Jorge Manuel dos Santos Alves e José Alberto Tavim, entre outros investigadores formados direta ou indiretamente por Aubin. À sua maneira, todos perfilharam a conceção e metodologia do historiador francês baseada sobre “ uma vasta visão geopolítica e sobre a utilização de fontes primárias que submetia a uma ‘malhagem’ particularmente apertada” (Couto, “Jean Aubin, Le latin et l'astrolabe, 2001: p. 728), permitida pelo perfeito conhecimento das diversas línguas de trabalho. Finalmente, a carreira institucional e de docência de Aubin foi marcada pela sua participação, ao lado de Teodoro de Matos, na criação do Centro Centro de História de Além-Mar (CHAM) da Universidade Nova de Lisboa (UNL), e pela sua nomeação, em 1986, e sem prejuízo das suas funções no CNRS e na EPHE, como diretor de investigação na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), onde criou o Centre d’Études Portugaises em 1992. Por outro lado, nunca deixou de manter a sua relação privilegiada com o Centro Cultural Português da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris, ali estabelecendo também laços de amizade com Vitorino de Pina Martins, José Augusto França e Maria de Lourdes Belchior, três diretores históricos do Centro. Na Fundação, em Paris, a par das suas inúmeras palestras e conferências, o historiador organizou vários colóquios internacionais dedicados ao Portugal da expansão marítima. Sobre essa faceta lusófila da obra de Aubin, salientemos que, depois de ter “entrado no mundo português por Ormuz” ( Aubin, Le Latin et L’Astrolabe.I, 1996: 9) e de ter explorado na Torre do Tombo inúmeros arquivos diplomáticos escritos em línguas orientais que podia decifrar, sendo na época o único investigador conseguir fazê-lo, Aubin afirmar-se-ia nos anos de 1960 como um dos principais estudiosos do “mare luso-inducum” (Ibid.). O seu propósito foi, como explicava em 1996, “esclarecer o conhecimento dos países do Oceano Índico sob a luz dupla das fontes islâmicas e da massa dormente dos arquivos portuguesas” (Ibid.). |
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