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Marcel Bataillon nasceu em Dijon a 20 de Maio de 1895, filho do biólogo Jean-Eugène Bataillon, membro da Academia Francesa de Ciências, e de Marie-Henriette Wahl. Inicia os seus estudos superiores na École Normale Supérieure (1913-1915), onde se licencia em Letras na especialidade de Línguas e Literaturas Clássicas (1915). Prossegue os seus estudos em Espanha, na Casa de Velázquez (1915-1916). Foi durante este período que desenvolveu um particular interesse pela cultura espanhola. A Primeira Guerra Mundial levou à interrupção dos seus estudos, tendo Bataillon adquirido formação militar na École d’artillerie de Fontainebleau, servido na frente ocidental entre 1916 e 1918 (tendo chegado ao posto de alferes) e sido agraciado com a Cruz de Guerra. Foi, na primeira metade de 1916, delegado do Comité Internacional de propaganda dos Aliados. A experiência na Primeira Guerra Mundial levou-o a adoptar fortes convicções pacifistas que culminarão na sua presença, entre 1936 e 1939, como membro do comité da Liga Internacional dos Combatentes pela Paz. Terminados os seus estudos na École Normale Supérieure (1919-1920), conclui uma agregação em Espanhol no ano de 1920 que lhe permite leccionar a língua castelhana. O ano de 1921 marca o seu primeiro contributo bibliográfico numa revista académica com um artigo publicado no Bulletin Hispanique intitulado “Les sources historiques de Zaragoza ”. A ligação com Portugal inicia-se em 1922, quando se torna, por meio do Institut Français de Lisboa, professor de Francês na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo leccionado no nosso país até 1926. Será neste período, segundo verificaremos, que o hispanista começará a interessar-se pela cultura portuguesa. Bataillon regressa à França em 1926, indo leccionar espanhol no Liceu de Bordéus (1926-1929). Em 1929, desloca-se para o Magrebe Francófono, sendo leitor de Línguas e Literaturas Meridionais na Faculdade de Letras de Argel, cargo que desempenha até 1937. É neste período que Bataillon entra na vida política, tendo sido, entre 1934 e 1939, membro do Comité de vigilância dos intelectuais antifascistas, e, em 1936, candidato às eleições legislativas pela Frente Popular em Argel. |
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