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O hispanista francês ascende ao Collège de France em 1945, tornando-se professor de Línguas e Literaturas da Península Ibérica e da América Latina, posto que desempenhará até 1965, acumulando, desde 1955, com o cargo de administrador. Foi administrador e professor honorário do Collège de France até à sua morte em 1977. Entre outras distinções, foi presidente da Société des américanistes (1958); da Association internationale de Littérature comparée (1959); da Société des hispanistes français (1962); e da Asociación internacional de hispanistas (1964). Recebeu, em Dezembro de 1973, pelas suas contribuições em prol da cultura portuguesa, o título de Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Faleceu em Paris a 4 de Junho de 1977. Marcel Bataillon é autor de uma extensa obra. Segundo a recolha bibliográfica feita por Charles Amiel, o hispanista foi responsável mais de 542 títulos (Charles Amiel “Marcel Bataillon. Bibliographie”, Autour de Marcel Bataillon. L’œuvre, le savant, l’homme …, 2004, pp. 237-285). A sua formação em línguas clássicas denota-se desde o início da sua publicação académica quando elabora, em 1917, um relatório de pesquisa sobre a influência do helenismo em Hernán Núñez de Guzmán, ou publica uma recensão crítica sobre uma obra que aborda a influência do poeta romano Ovídio na Espanha Renascentista (1922). De facto, Bataillon dominava tanto a filologia latina quanto a grega. Não obstante, o académico francês afasta-se dos estudos de recepção da cultura clássica e abraça os assuntos relacionados com a cultura humanística peninsular. Para além da tese supracitada, que consagrou Bataillon, o hispanista redigiu outros contributos de grande relevância para a compreensão do pensamento humanista dos séculos XV e XVI, com especial ênfase em Erasmo. Entre esses trabalhos, sublinham-se os estudos dedicados a Andrés Laguna (1958), Bartolomeu de las Casas (1966) e a obra Varia lección de clásicos españoles (1964), que reúne uma série de análises onde se combina a crítica filológica e histórica no contexto do chamado Século de Ouro Espanhol. Assinale-se, igualmente, o trabalho de tradutor de Miguel de Unamuno ( L’essence de l'Espagne. Cinq essais (En torno al casticismo) , 1923, tendo Marcel Bataillon assinado o prefácio desta tradução). |
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