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A partir de 1937, na Brotéria, encontramos testemunhos de procura da identidade católica em articulação com uma ideia de Portugal nacionalista e católico, porém bem longe do programa da Action Française (1939). O catolicismo terá, para Domingos Maurício, consequências políticas concretas, note-se a afirmação de um catolicismo político (1943) e a crítica ao cristianismo progressista (1950), de que a imprensa católica deverá ser veiculo (1943). O Portugal do seu tempo está muito perto do configurado no ideário do Congresso do Mundo Português (1940), visível também na organização do Museu de Arte Popular (1948). O não envolvimento directo de Portugal da II Guerra irá acentuar a coincidência dos ideais de Domingos Maurício com os dos dirigentes do Estado Novo. Veja-se o artigo sobre a posição de Portugal perante o conflito (B. 1941) e o “tributo da gratidão nacional” explícito em 1945. Em 1938 alerta para o perigo do comunismo nas “colónias de África” e em 1949 a questão ultramarina surge como um tema de missão; em 1960 os seus trabalhos 1960 mostram-nos que o conceito ultramarino de Domingos Maurício está fortemente ligado à história dos descobrimentos e à valorização da integração dos portugueses em terras de África. Em 1961 começa a guerra dos grupos independentistas na África portuguesa. Escreveu no primeiro número da Brotéria de 1962 “Pátria em luto? Pátria em glória”. Diversos trabalhos de 1963 resultam do comentário à encíclica Pacem in Terris, sem nunca duvidar da inevitabilidade e da necessidade absoluta (para Portugal e para o “ocidente cristão”) da guerra em África. |
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