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O historiador Kenneth Maxwell nasceu a 3 de Fevereiro de 1941, na cidade de Wellington no condado de Somersetshire, no sul de Inglaterra. Formou-se em História (B.A. e M.A.), em 1963, pelo St. John’s College da Universidade de Cambridge, prosseguindo os estudos na Universidade de Princeton (M.A. e Ph.D.), já nos Estados Unidos da América. Foi professor nas Universidades de Princeton, Columbia, Yale, Kansas e Harvard. Nesta última, integrou o David Rockefeller Center for Latin American Studies (DRCLAS), onde foi responsável pela criação do Programa de Estudos Brasileiros que dirigiu entre 2006 e 2008. Em Nova Iorque, foi director do Programa para a América Latina do Conselho de Relações Exteriores (1989-2004) e fundou e dirigiu o Centro Camões (1988-1999), na Universidade de Columbia. Existe actualmente um prémio com o seu nome, Kenneth Maxwell Senior Theses Prize, atribuído às melhores teses em Estudos Brasileiros pelo DRCLAS. O interesse pela história sul-americana e, em particular, pela História brasileira surgiu-lhe ainda nos tempos de Cambridge. O Rio de Janeiro foi-lhe apresentado na juventude através do filme Orfeu Negro (1951) de Marcel Camus, que lhe ofereceu uma “visão do paraíso” – recuperando uma expressão de Sérgio Buarque de Holanda – contrastante com a soturna Inglaterra da sua juventude e com a severidade de Cambridge, onde raras vezes se abordava o espaço europeu e muito menos o espaço extra-europeu. Desde então, o Brasil tomou um lugar central nas pesquisas de Maxwell, sendo hoje um eixo fundamental da sua obra. A sua relação com Portugal está directamente ligada a esse interesse pelo Brasil. Estando a história dos dois países intimamente ligada, seria difícil ou mesmo impossível, compreender a história brasileira sem a correlacionar com a portuguesa. O primeiro contacto de Maxwell com Portugal deu-se ainda na década de 60. Depois de uma temporada em Madrid assistindo a algumas aulas, passou por Lisboa para aprender português e aproximar-se do Brasil. Por essa altura, é-lhe concedida uma reunião com o director da divisão internacional da Fundação Calouste Gulbenkian que lhe propõe uma bolsa de estudos. Esse financiamento permitiu-lhe assegurar a sua estadia em Lisboa, aprender a língua e contactar com a historiografia portuguesa. |
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