O aparecimento do Integralismo Lusitano prende-se imediatamente com a publicação, em 8 de Abril de 1914, na cidade de Coimbra da revista Nação Portuguesa, que veio a tornar-se o seu grande órgão teórico e doutrinário, (o seu primeiro periódico fora Alma Portugueza – Órgão do “Integralismo Lusitano – Revista de philosophia, literatura e arte, sociologia, educação, instrução e actualidades, publicado em 1913, em apenas dois números).
A Nação Portuguesa conta na sua 1ª edição com o subtítulo Revista de filosofia política. Encimando o frontespício da revista, aparece a imagem de um pelicano a dilacerar a carne do peito para alimentar os filhos e as divisas de D. João II (“Pola Lei e pola Grei”). A seguir do subtítulo cada número contém um sumário. A partir da 2ª edição, 1922, surge como propriedade da Sociedade Integralista Editora, com a designação de “Revista de Cultura Nacionalista” e passa a ser publicada em Lisboa.
A revista veio a público na cidade de Coimbra e a sua administração situava-se na rua das Flores n.º 12. A edição foi assegurada pela conceituada casa França & Arménio. Os preços do número avulso eram de 200$00 e com subscrição/assinatura para Portugal 2$00 e no Estrangeiro, 3$00. A partir de 1926, as condições de assinatura foram as seguintes: Continente, Ilhas e Espanha 60$00; Colónias portuguesas 72$00; Brasil 80$00; Estrangeiro £ 1.0.0; Número Avulso 6$00 e atrasados 7$00. Eis os agentes da Nação Portuguesa: Guimarães- Revista Gil Vicente; Porto- António Álvaro Dória; Lobito- Eusébio Soares; Huambo- António Pais Pinheiro de Figueiredo; Beira- Luís Ribas; New Bedford- António Augusto Lopes; Tauton- António Gil Ferreira Mendes; Maranhão- A. G. C. d’Abreu e Ct.ª e S. Paulo- João Moura. Representantes em Madrid, o marquês de Quintanar e em Paris, Alberto de Monsaraz.
Conheceu seis séries, de 1914 a 1931. A partir de 1932 até 1938, passou a ser publicada em volumes. Os respectivos directores foram: Alberto de Monsaraz (1914 a 1916), António Sardinha (1922 a 1924) e Manuel Múrias (1926 a 1938). Os principais colaboradores, ao longo de vinte anos, foram: Alberto de Monsaraz, António Sardinha, Adriano Xavier Cordeiro, Amadeu de Vasconcellos («Mariotte»), Hipólito Raposo, José Adriano Pequito Rebelo, Luís d’Almeida Braga, Rolão Preto, Simeão Pinto de Mesquita, Afonso Lopes Vieira, João Amaral, Manuel Múrias, Alfredo Pimenta, Garcia Pulido, Caetano Beirão, Fernando Campos, J. Lúcio de Azevedo, Rodrigues Cavalheiro, João Ameal, Marcello Caetano, Martinho Nobre de Melo, Mussolini, Gonçalves Cerejeira, entre outros.