Tendência descentralizadora no aspecto económico (empresa, corporação e nação económica ou política económica do governo central), aspecto familiar administrativo (família, paróquia, município e nação administrativa cujo órgão era a Assembleia Nacional assistida pelo conselho técnico geral); aspecto judicial (julgado municipal, tribunal provincial, supremo tribunal de justiça e conselho superior da magistratura) aspecto espiritual (“O que nós queremos”, n.º 1, Abril de 1914).
Na sua primeira edição da Nação Portuguesa pode explicitar-se os seguintes objectivos: apresentar e explicitar a solução de um estado nacionalista (José Augusto Vaz Pinto, “Da essência e dos limites do Nacionalismo Português”, IV série, 1927) e monárquico; reatar a tradição (“Anunciação”, n.º 1, Abril de 1914) e combater a República demoliberal portuguesa na sua «forma de governo representativo» (n. º 1, Abril de 1914). Reportando à segunda edição, tratava-se promover uma «restauração da Inteligência» (“Porque voltámos”, n. º 1, 1922) de modo a reconstruir a «fisionomia moral da Nacionalidade» (“Porque voltámos”, n.º 1, 1922) em consonância com o património das gerações transactas e os «estímulos sagrados», que abririam as «portas misteriosas do Futuro» (“Porque voltámos”, n. º 1, 1922), bem como registar a marcha ascensional dos «grandes movimentos político-sociais», como era o caso do Fascismo (Rolão Preto, “Crónica social”, n.º 1, 1924). Relativamente à 3.ª série intentava-se restituir o valor e conferir o devido lugar e sentido ao vocábulo crise; relacionar a então vivida situação portuguesa, uma vez que se encontrava em completa negação com as suas mais íntimas razões históricas (“Adiante, por sobre os cadáveres!”, n.º 1, 1924) com a crise e, explicitar os factores da crise na Europa de então, supostamente ameaçada, e talvez irreparavelmente mergulhada numa «anarquia mongol» diante da «ordem cristã»» (“Adiante, por sobre os cadáveres!”, n.º 1, 1924). Concluiu-se que a situação portuguesa não seria de todo isolada da questão europeia e, a eventual crise que o nosso país poderia estar a atravessar, seria a mesma da civilização ocidental (“Adiante, por sobre os cadáveres!”, n.º 1, 1924). Reportando à 4.ª série a revista Nação Portuguesa, pretendia ir-se ao encontro da verdade segundo o legado do pensamento de António Sardinha, da vitória completa, definitiva de um pensamento que envolvia a ideia de reorganização do Estado nacionalista, monárquico e orgânico através da inteligência (Manuel Múrias, “Vigília de Armas”, IV série, 1926). Relativamente à 5.ª série, a tónica visava debruçar-se sobre a ideia da nacionalidade em crise, cujo antídoto a usar seria a tradição de modo a que Portugal pudesse regressar «à posse dos seus destinos imorredoiros» (António Sardinha, “Pratiquemos um acto de Inteligência”, série V, 1929).