Em 1973, a Sociedade Martins Sarmento e a Revista de Guimarães passaram por um momento difícil, dado que o director de ambas, Mário Cardoso teve de deixar os cargos que ocupava por razões de saúde. Esta circunstância esteve na génese de uma nótula da autoria de Augusto Ferreira da Cunha, o vice-presidente em exercício, na qual este historia brevemente todo o percurso do periódico desde as origens, enaltecendo o papel renovador de Eduardo de Almeida a partir de 1921 (CUNHA, Augusto Ferreira da, Nótula, vol 83, 1973, pp. 5-6). Nos meses finais de 1974 e em 1975, os ecos acerca da aceitação (ou não) da Revolução de 25 de Abril são praticamente nulos nas reuniões da Sociedade Martins Sarmento, eventualmente por serem recentes, mas também por razões ideológicas e outras que se prendem com a natureza da Revista de Guimarães.
Em 1989, o Boletim de Actividades da Sociedade Martins Sarmento estava reduzido a uma expressão mínima e a uma dimensão informativa, circunscrevendo-se sobretudo à eleição de novos corpos directivos. No que respeita aos artigos, nos primeiros dez anos, a Revista de Guimarães deu à estampa 67 estudos novos. A arqueologia foi o âmbito mais escolhido pelos estudiosos. Entre 1894 e 1903, houve uma redução significativa do número de artigos (40) e uma parcial alteração do perfil temático. A arqueologia perdeu o seu protagonismo. Na década seguinte acentuou-se ainda mais a diminuição do número de novos artigos (25), provavelmente devido ao envelhecimento e morte de alguns dos fundadores e colaboradores mais antigos.
Entre 1914 e 1923, a crítica de fontes partilha prevalência com o destaque conferido à história dos intelectuais, comparecendo ambas em 6 ocasiões cada. A partir de 1913 e até 1920, a Revista de Guimarães foi suspensa, em parte por causa do falecimento das duas personalidades referidas (sem esquecer a posição anti-republicana da Sociedade Martins Sarmento e o conflito dos seus responsáveis com a Câmara Municipal de Guimarães, logo em 1910), mas regressou em 1921 para uma nova fase com um volume de publicação de artigos novos nunca conseguido até então, registando 32 nesse primeiro ano sob a direcção de Eduardo de Almeida, que terá dado um novo impulso à publicação.