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AMADOR DE LOS RÍOS Y SERRANO, José | |||||||||||||
A sua obra Sevilla pintoresca foi publicada no ano seguinte. A proteção do Duque de Rivas e a colaboração com Antonio Gil de Zárate, ‘Director General de Instrucción Pública’ na altura, propiciaram o regresso de JAR a Madrid e o seu ingresso, em 1844, na função pública, dentro da qual desenvolveu importantes atividades em apoio do ensino e da proteção do património. Assim, contribuiu decisivamente para a implantação do plano de estudos de 1845 e, a partir do mesmo ano, foi secretário na ‘Comisión Central de Monumentos’. Paralelamente, em 1848, começou a sua carreira académica como docente, que se desenvolveu na Universidad Central de Madrid, onde foi Doutor em Literatura desde 1850, Diretor em 1857, Vice-reitor em 1867 e Reitor em 1868. Entre os seus alunos estiveram Marcelino Menéndez Pelayo, Antonio Cánovas del Castillo e Leopoldo Alas. Foi também em 1848 que JAR ingressou como membro na Real Academia de la Historia, onde editou a Historia general y natural de las Indias, islas y tierra firme del mar Océano, de Gonzalo Fernández de Oviedo, e as Obras de Don Íñigo López de Mendoza, Marqués de Santillana. Ao longo dos anos ingressou, sucessivamente, na Real Academia de San Fernando, na Academia de Buenas Letras de Barcelona, na Academia Greco-Latina Matritense, na Société des Antiquaires de Normandie, na Academia Real das Ciências – hoje Academia das Ciências de Lisboa – e na Sociedad Geográfica de Madrid. JAR conseguiu desempenhar múltiplas tarefas administrativas, políticas, docentes e académicas em paralelo com um trabalho de investigação e escrita de extensão colossal, qualidade incontestável e enorme impacto. Aparentemente, ele próprio era consciente da sua extraordinária prolificidade e do alcance dos seus trabalhos. Nos Estudios históricos, políticos y literarios sobre los judíos de España, publicados em 1848 e traduzidos a várias línguas, manifestou a sua gratidão ao governo por ter sido nomeado cavaleiro da ordem hospitalária de San Juan de Jerusalén em reconhecimento por – o que ele descreveu como – os seus “pobres trabalhos literários”. Na mesma Introdução indicava, porém, com menos modéstia, que parte desses Estudios estavam a ser traduzidos para serem publicados em Constantinopla, “para ensinar aos judeus de aquelas costas a história dos seus pais”. Representa, aliás, a clara fronteira que JAR estabeleceu entre a religião e os seus trabalhos, e que o diferenciou de quase tudo o que, até essa altura, tradicionalmente se tinha escrito em Espanha. |
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