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Avelino de Jesus da Costa nasceu a 4 de Janeiro de 1908, no lugar de Barral, freguesia de Vila-Chã (São João), concelho de Ponte da Barca e morreu em Braga, em 17 de Outubro de 2000. Era filho de José António da Costa e de Antónia Maria Gonçalves. Por motivos de trabalho de seu pai, funcionário da Companhia dos Caminhos de Ferro, cedo acompanhou a família (era o mais novo de três irmãos) para Lisboa, onde veio a frequentar a instrução primária, na antiga freguesia da Madalena (hoje, integrada, com outras, na de Santa Maria Maior). Cedo foi notado na dedicação às letras e mostrou propensão para a vida eclesiástica. De tal modo que a sua professora do ensino primário e uma outra mecenas, de Moledo do Minho, se dispuseram a custear as despesas do seu ingresso no Seminário. Volvia, assim, ao seu Minho natal, para frequentar o Seminário Menor de Braga, onde entrou a 7 de Janeiro de 1920. Em 1928 terminava o curso de Humanidades, com a classificação de “Distinto” e o de Filosofia com a de “Distinto com louvor”. Transitava, então, para o Seminário de Teologia da mesma cidade. No ano seguinte, por ordem do Prelado da diocese, D. Manuel Vieira de Matos, tomou caminho de Roma, para frequentar a Universidade Gregoriana, em cujo curso de Filosofia se matriculou. Em 1930, obtinha o grau de bacharel, com a classificação de “Cum laude probatus”. Porém, acometido de doença grave, viu-se obrigado a regressar a Portugal, onde reingressou no Seminário de Teologia de Braga, tendo concluído o respectivo curso em 1933, com 19 valores. Foi ordenado sacerdote a 15 de Agosto desse mesmo ano e, em 5 de Dezembro de 1972, tomava posse como Cónego do Cabido da Sé Primacial de Braga. No seu múnus sacerdotal evidencia-se o apoio às Irmãs Teresianas, de Braga, e, mais tarde, de acordo com a sua devoção mariana e fatimista, a promoção, engrandecimento e dinamização da devoção e das obras no Santuário de Nossa Senhora da Paz, na sua aldeia natal, bem como a criação e manutenção do boletim bimestral Mensagem de Paz (1970-1977), do qual era director e chefe de redacção, e que se apresentava como órgão dessa instituição. Porém, era forte quer o apelo das Letras, quer de outros voos, de que ia dando sinal nos artigos que ia subscrevendo no Diário do Minho e no boletim diocesano Acção Católica. Assim, em 1944, matriculou-se no Curso de Licenciatura em Ciências Históricas e Filosóficas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Terminaria esta fase da sua vida em 1951, com a apresentação da dissertação Calendários Portugueses Medievais, aprovada com a classificação de 18 valores, que deixou inédita, até hoje, apesar do seu uso e do seu valor. De permeio e evidenciando, desde logo, a sua extraordinária capacidade de investigador, de 1944 a 1952, como bolseiro do Instituto de Alta Cultura desenvolveu um trabalho pioneiro e exaustivo, em diversas bibliotecas e arquivos, em busca de pergaminhos pertencentes a antigos códices litúrgicos, que, caídos em desuso, nos séculos XVI e XVII, foram desfeitos para as suas folhas servirem aos mais diversos fins, por exemplo, como capas ou guardas de documentos e livros. O resultado desse seu labor patenteia-se num extenso inventário, de nove volumes, por si mesmo dactilografado. Por esse tempo, conhecia uma das figuras que mais o marcariam na sua formação de investigador e historiador, o francês Pierre David, chegado a Portugal, em “missão universitária”, em 1941, a pedido do Instituto Francês em Portugal, e que rapidamente se integrou no recém-fundado Instituto de Estudos Históricos Doutor António de Vasconcelos daquela Faculdade. |
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