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COSTA, Avelino de Jesus da | |||||||||||||
A biografia intelectual de AJC está vincadamente ligada às suas origens e à condição de sacerdote da Igreja bracarense. Foi no fim da década de 30 e após ter escrito vários artigos no Diário do Minho sobre a discutida, então, naturalidade dos irmãos Diogo Bernardes e Frei Agostinho da Cruz, que publicou o seu primeiro estudo. No Boletim Diocesano Acção Católica (1938-1940), AJC defendeu, e provou, que aqueles poetas quinhentistas, de relevo na literatura portuguesa, nasceram em Ponte da Barca e não em Ponte de Lima. Desta incipiente fase de investigação científica podemos retirar a certeza de que o jovem Autor procurava a verdade, dava voz aos documentos originais e escolhia a via da crítica histórica para provar aquilo em que acreditava. Há que dizer, todavia, que esses trabalhos não foram premonitórios quanto à cronologia da história que AJC iria preferir durante cerca de seis décadas de incansável labor didáctico-pedagógico-científico. Na verdade, foi a Idade Média do século IX ao XV, a época, por excelência, que o P.e Avelino escolheu para construir estudos, editar fontes paleográficas, escrever monografias, organizar congressos, proferir conferências e “lições de sapiência”. Foram publicados, até hoje, muitos e circunstanciados balanços/homenagens sobre a vida e obra de AJC de que a Bibliografia Passiva é testemunho inequívoco. Deste modo, seleccionaremos, entre as três ou quatro grandes linhas de investigação e produção científico-pedagógica, aquelas que, como medievalistas, discípulas de sempre do Mestre, consideramos como referência na historiografia nacional e internacional. Como é sabido, de c. 1940 a 2000, o P.e Avelino fez sair dos prelos 367 monografias, e estudos integrados em obras diversas, a que é possível juntar uma copiosa colaboração em Dicionários e Enciclopédias, que quase alcança uma centena (Maria Alegria Marques, “Professor Doutor Cónego Avelino de Jesus da Costa (1908-2000)”, 2007, 53-92). E que não se esqueça a participação frequente, feita com a autoridade científica que o caracterizava, na Imprensa Regional. Destaquemos o Diário do Minho que o celebrou com duas assinaláveis publicações: Cónego Avelino de Jesus da Costa no Diário do Minho (2008) e Cónego Avelino de Jesus da Costa na Imprensa Barquense (2009). Foi longa a vida do investigador, sobretudo se a compararmos com a do docente universitário que não ultrapassa os 23 anos. Todavia é notável e pioneiro o contributo que prestou ao estudo e desenvolvimento de ciências como a Paleografia, a Diplomática, a Epigrafia, a Codicologia, a Numismática, a Cronologia e não menos à Arquivística eclesiástica. Em Vida e obra do Prof. Doutor Cónego Avelino de Jesus da Costa, Catálogo da Exposição (2001), Maria Helena da Cruz Coelho, Maria José Azevedo Santos, Saul Gomes e Maria do Rosário Morujão dissertam em verdadeiro e superior sentido de homenagem póstuma sobre aqueles saberes em que o P.e Avelino se revela insigne especialista. |
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