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COSTA, Avelino de Jesus da | |||||||||||||
No percurso científico de AJC é bem clara a convocação de um sem-número de ciências, a que já aludimos, além de outras como a Medalhística e aquela que não podia, de forma alguma, ignorar a Linguística. Associada, fundamentalmente, à Filologia procurou determinar contextos históricos e culturais necessários aos estudos de Literatura, História, Filosofia, entre outros. Paradigma deste comportamento é o magnífico trabalho “Os mais antigos documentos escritos em Português. Revisão de um problema histórico-linguístico” editado em 1979. Foi, então, unanimemente reconhecido, dentro e fora de Portugal, como trabalho exemplar de investigação, argumentação e datação crítica. Com efeito, AJC encerrou o assunto em apreço, provando que o mais antigo documento escrito em português, não literário datado, é o 1.º testamento de D. Afonso II, lavrado em Coimbra em 1214, a 27 de Junho, de que se conhecem dois exemplares (um em Braga e outro em Toledo), dos 13 do original múltiplo. Mas recuemos a 1959-1960 para relembrar a tese de doutoramento já referida. A envergadura da investigação científica da obra teve como consequência elogios e críticas, apreciações deselegantes e comentários incentivadores. José Marques escreve a este propósito “o P.e Avelino de Jesus da Costa teve, por isso, de se enfrentar com diversos críticos nacionais e estrangeiros e foi precisamente nestes momentos difíceis que mais se impôs o seu perfil de investigador probo e homem simultaneamente combativo e humilde, qualidades que me apraz sublinhar”. E o futuro confirmou. Após a jubilação, o P.e Avelino decidiu empreender, à semelhança de Jean Mabillon, uma verdadeira “guerra de documentos e respectiva hermenêutica”. Em 1997, contava, então, 89 anos de idade publicava o 1.º volume dessa obra capital (2.ª edição refundida e ampliada), agora designada por O Bispo D. Pedro e a organização da Arquidiocese de Braga, para poucos dias antes do seu passamento, ver ainda o 2.º volume (2000), facto que simbolicamente pareceu a muitos uma unção ou a consagração de um homem (Sacerdote, Professor, Mestre) que engrandeceu a Cultura, a Ciência, a “sua” Universidade e a “sua” Igreja, em especial a de Braga. |
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