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Com igual interesse (mas com a estranheza que só pode acompanhar o leitor contemporâneo) se lê a sua análise etnográfica do reino de Portugal. Bertolotti recorre às narrações do literato piemontês Giuseppe Barretti (A journey from London to Genoa, through England, Portugal, Spain and France, 1770), que manifesta sentimentos de profunda aversão contra a plebe portuguesa e a sociedade lusitana em geral, considerando-a uma realidade atrasada. Sobressaem também as descrições referentes à (numerosa) presença em território português de “negros”, verdadeiros “monstros”, que contrastam com a comum beleza do português branco, e que multiplicam a sua “desprezível” presença através da mestiçagem, causa de abastardamento e degeneração da raça branca e das famílias portuguesas (a seu ver, as uniões mestiças desviavam os portugueses da raça europeia) (t. III, p. 115-116). |
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