Evidencia-se na complexa produção historiográfica de Bertolotti, um problema da originalidade das fontes e profundidade da investigação, que se coloca de maneira não despicienda no que diz respeito à obra de divulgação histórico-cultural da primeira metade do século XIX. É esta produto do desenvolvimento de uma historiografia tradicional (também presente em Portugal) resultante em "sínteses de sínteses", que encontra na questão da originalidade do resultado um ponto de evidente fraqueza epistemológica - crítica metodológica que acompanha quase unanimemente a produção deste anos, quando o rigor da investigação germinado na escola alemã estava nos alvores da sua propagação no mundo da cultura romântica.

Davide Bertolotti foi membro da prestigiada Accademia delle Scienze di Torino, na qualidade de sócio correspondente pela classe de ciências morais, históricas e filológicas (1812), onde ingressaria em 1849 Alexandre Herculano (na qualidade de sócio correspondente). Mas não há notícia de correspondência entre os dois letrados, apesar de terem partilhado uma paixão comum: o romance histórico.

Bibliografia activa: Milano e la Lombardia nel 1818, Milano, Stella&C., 1818; Il Ricoglitore [1818-1823], Milano, Soc. Tip. de’ Classici Italiani; I Lusiadi di Luigi Camones, Milano, Società Tipografa dei Classici Italiani, 1821; Peregrinazioni, 2 vols., Soc. Tip. de’ Classici Italiani, 1822; Il Nuovo Ricoglitore [1823-1834], Milano, Stella e figli; La Calata degli Ungheri in Italia nel ‘900, Milano, Soc. Tip. de’ Classici Italiani, 1823; Storia di Portogallo dai primi tempi sino ai nostri giorni. Tratta dal Durdent, dal Balbi e da altri autori, III tt., Milano, Tipografia Ranieri Fanfani, 1824; Storia della Cina, Milano, Stella e figli, 1825; Istoria della Real Casa di Savoia, Milano, Fontana, 1830; Gli arabi in Italia, Torino, Baglione e Comp., 1838; (com Cesare Cantù), Grande illustrazione del regno Lombardo-veneto, Milano, 1857; Stati Sardi, Cremona [s. n.], 1857.

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