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Manuel foi o primogénito dos oito filhos de Avelino Gonçalves Cerejeira e de Joaquina do Sacramento de Jesus Rebelo. Habitualmente dado como casal de lavradores minhotos, o assento de batismo de Manuel regista o seu pai como «negociante», referência à produção de tamancos a que também se dedicava. Os recursos dessas atividades permitiram-lhes proporcionar aos quatro filhos varões a continuidade dos seus estudos. Os do jovem Gonçalves Cerejeira prosseguiram, depois das primeiras letras, com os preparatórios no Seminário-Liceu de Guimarães (1899-1904). No ano seguinte concluiu o curso complementar de letras no Liceu Alexandre Herculano, na Invicta, donde rumou ao Seminário Conciliar de Braga para realizar o Curso Trienal dos Seminários (1906-1909), respondendo ao apelo da vida eclesiástica que afirmou ter sentido desde criança. A sua alma mater conimbricense proporcionou-lhe uma formação superior diversificada: matriculou-se em Teologia em 1909, concluindo, no estertor da respetiva Faculdade, o bacharelato no ano letivo de 1911-1912, com a classificação de 18 valores. Nesse mesmo ano acumulou a matrícula no curso de Direito, que abandonaria para se inscrever em 1912-1913 na quarta secção da Faculdade de Letras, Ciências Históricas e Geográficas, que concluiu em 1916 com 19 valores. Os estudos teológicos proporcionaram-lhe o domínio do latim e do grego, além dos elementos básicos do hebraico, disciplina de que foi o único aluno ordinário em 1910-1911. O curso de letras permitiu-lhe o acesso ao idioma alemão, completando as duas disciplinas de língua e literatura alemã (1913-1915), lecionadas por Carolina Michaëlis Vasconcelos, de cujo conhecimento daria mostras na sua produção historiográfica (A Idade Média, p. 5; 17; 60). Revelou, sobretudo, afinidade e domínio da língua francesa, cujo universo cultural lhe era particularmente caro e o influenciou mais profundamente. |
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