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Apesar dessa como que dispersão, a história diplomática seria o eixo em torno do qual se articularam os interesses de LFA como investigador, em especial no século XVIII, período da sua preferência. Mas dotado de uma disciplina académica muito severa – exigindo de si mesmo uma revisão exaustiva dos materiais disponíveis quando algum assunto entendia tratar – a sua produção ficou aquém de projectos e promessas. Embora não se possa considerar pequena (seis dezenas de livros e artigos) e sobretudo, para além de uma escrita límpida e sem artifício, nenhuma dessas publicações deixam de ser recheadas de notas eruditas de enorme valia e muitas vezes com documentação pertinente. Não são notas com desenvolvimento do escrito no texto principal, mas a indicação de fontes e bibliografia, apresentadas com extremo cuidado e rigor. Como os seus estudantes bem sabiam, indicação dele nunca vinha errada e referia sempre a melhor edição. E raros seriam os casos de livros ou publicações que desconhecesse. Sendo por extremo generoso em fornecer ajuda aos colegas e alunos carecidos de apoio, ou simplesmente necessitados de uma indicação bibliográfica para desbloquear impasses. Salvador Dias Arnaut, bem humorado, divertia-se anunciando que tinha um livro que Ferrand não conhecia... |
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