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Portugal and Africa, a sua obra mais importante, consiste numa análise detalhada da política colonial portuguesa ao longo de Oitocentos e primeira década de Novecentos (depois de uma narração bastante sumária da História portuguesa anterior). Embora se proponha fazer uma análise económica e, de facto, apresente bastantes dados económicos sobre as regiões coloniais africanas (Angola e, com particular destaque, Moçambique, não tanto a Guiné e as ilhas), a História de Hammond é em grande medida narrativa e muito focada nos acontecimentos políticos: mudanças de governo, tratados, campanhas militares, etc., são recontadas com detalhe que parece por vezes excessivo. Um foco especial é concedido às relações externas, nomeadamente com o Reino Unido, como seria talvez de esperar de um historiador inglês. O Autor descreve com minúcia as negociações entre os dois países em redor de várias questões (como os tratados abortados do Congo ou o Ultimato de 1890), enfatizando o ponto de vista britânico e procurando explicar as ações do Foreign Office . Não se trata de “desculpabilizar” o governo de Sua Majestade (admite, de resto, que em certos momentos os britânicos procederam com duplicidade e calculismo), mas de clarificar circunstâncias por vezes ignoradas pelos historiadores portugueses e pôr em evidência a não-coincidência das conceções político-ideológicas dos dois países, lavando a desentendimentos. Além do Reino Unido, aponta a atuação de outros atores internacionais como a Alemanha, o Transval ou a Chartered Company de Cecil Rhodes. Os equilíbrios e jogos de poder entre tais potências são, a seu ver, em grande medida responsáveis pela continuidade – e expansão – do Império africano português, que chega a descrever como um “acidente histórico”. |
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