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Embora esse não seja o seu objeto de estudo central, Hammond dedica alguns parágrafos da sua obra maior, bem como o artigo acima citado, à questão racial. Sem deixar de reconhecer a presença, em certos tempos e espaços específicos, de sociedades relativamente plurirraciais em Luanda e Lourenço Marques, o Autor discorda da teoria de Gilberto Freire, o célebre luso-tropicalismo, apontando a mentalidade altamente racista de múltiplos notáveis portugueses, Oliveira Martins em particular, como prova de que a tolerância racial não era uma mentalidade prevalente na opinião pública. Ainda que as leis, começando pela Constituição, proclamassem a igualdade independente de critérios étnicos, a realidade nos espaços africanos era frequentemente diferente. Para este Autor, todavia, as desigualdades raciais estão subjacentes a, e resultam de clivagens de classe. Foi a sua teoria do imperialismo que conquistou a Hammond maior atenção – e controvérsia – na historiografia subsequente sobre o colonialismo português. É de destacar aqui a obra de W. G. Clarence-Smith, que se propõe analisar as possessões ultramarinas (partindo de um caso de estudo, o sul de Angola) através de um ponto de vista oposto, eminentemente económico – e marxista. Clarence-Smith tece várias críticas a Hammond, notando que a ausência de resultados económicos positivos não equivale à ausência de intenções económicas, mas simplesmente que estas saíram frustradas, e argumentando que estava de facto presente, pelo menos em Angola, uma classe capitalista ativa. Valentim Alexandre viria a apreciar criticamente ambas as teses, em 2004. |
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