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Nascido em Gondim, no Minho, filho de lavradores, José Maria Rodrigues iniciou tarde os seus estudos. Só a partir de 1866, e graças a uma herança vinda do Brasil, teve o primeiro mestre, em Valença – o cónego Vaz, cujas lições o prepararam para o exame da instrução primária (12-5-1870) e para a admissão ao liceu (2-7-1870). Qualquer uma destas provas, realizou-a JMR em Braga, cidade onde ingressaria no Seminário e onde, em 1880, acabou por receber ordens de presbítero. De imediato seria capelão da Universidade de Coimbra, na qual em 1878 começara a frequentar o curso de Direito. Por que motivo o abandonou, para o trocar, em 1881, pelo de Teologia, especula-se. Certo é que, discípulo premiado, com textos prontamente difundidos na Civilisação Catholica (1881-1882); polemista com Camilo Castelo Branco, em 1882-1883; autor de uma dissertação sobre “O Positivismo e a Moral”, editada n’O Instituto, entre 1884-1885, bem como de uma intervenção audaz, de conotações regalistas, objecto de censura pela Congregação do Santo Ofício romano, mas afinada pela voz de personagens influentes da alma mater e logo – com patrocínios? – dada ao prelo (A Faculdade de Theologia e As Doutrinas que Ella Ensina, 1886); doutor a 5 de Fevereiro de 1888, JMR completava assim auspiciosamente uma primeira etapa do seu percurso de vida, adiante alargado até Lisboa. Em Coimbra, obtido o grau de doutor, JMR tornou-se lente substituto e secretário da Faculdade de Teologia. Foi também bibliotecário da Universidade. A leccionação a um nível superior não constituiu a sua estreia pedagógica; tão-pouco seria entrave a mais experiências. Gozando da confiança de Jaime Moniz, JMR não só colaborou na definição do plano de reforma do Ensino Secundário (1895), como, por convite do ministro do Reino, João Franco, seria chamado a exercer funções substantivas na sua implementação. Entre 1895 e 1902, JMR foi reitor do liceu do Carmo, e à impressão gerada neste desempenho deveria um outro apelo, que aceitou: o de ser preceptor, para o latim e o português, do príncipe D. Luís Filipe e de seu irmão, o futuro D. Manuel II. |
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