Estudou em Lisboa, sob a tutela da Casa Pia, a partir dos 10 anos. Antes de ingressar na Faculdade, passou pelo Liceu Pedro Nunes e, em 1912, começou a frequentar a Biblioteca Nacional, em cuja secção dos Reservados consultava “misteriosos manuscritos” (viria a ser sub-bibliotecário entre 1920 e 1922). Em 1914, então bolseiro do legado Luz Soriano, entrou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa – onde teve como professores Adolfo Coelho, Leite de Vasconcelos, José Joaquim Nunes, entre outros – e logo no ano seguinte começou a colaborar no jornal O Povo de Anadia, com um artigo sobre Camilo Castelo Branco. Em 1919, inscrito na Faculdade de Direito, foi aprovado com 13 valores no exame de licenciatura em Filologia Românica, após o que, graças a uma indicação de Leite de Vasconcelos, deu aulas na Faculdade de Letras, primeiro como bacharel, depois como professor contratado.

Durante os anos 20 passou pelo Liceu Camões (Lisboa), Martins Sarmento (Guimarães) e Gil Vicente (Lisboa). De novo com o apoio de Leite de Vasconcelos, Lapa foi em 1928 professor auxiliar contratado na secção de Filologia Românica, tendo sido responsável por cadeiras tão diferentes quanto Filologia Portuguesa, História da Literatura Portuguesa, História da Literatura Francesa, História da Literatura Italiana, Gramática Comparada das Línguas Românicas.

No final de 1929 partiu para Paris, onde com uma bolsa de 8 meses frequentou na Sorbonne as aulas de grandes medievalistas: Antoine Thomas e Alfred Jeanroy (Francês medieval); Clovis Brunel e Mario Roques (Provençal); Edmond Faral (Literatura latina medieval).

Foi em Paris que terminou a tese de doutoramento em Filologia Românica Origens da Poesia Lírica em Portugal na Idade Média (antes de a defender, iniciara colaboração na revista Seara Nova, que dirigirá de Fevereiro de 1973 a Fevereiro de 1974, em substituição de Augusto Abelaira). Submetida a tese a provas em 11.12.1930, Lapa enfrentou dura arguição da parte de Oliveira Guimarães.

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