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Enquanto historiador da literatura, Lapa manifestou-se contra o impulso para fazer da explicação histórica a busca de uma só causa original (cf. Le Goff, “História”, 1984, 159) e tratou frequentemente no plural da questão das origens. Embora esta questão o tenha interessado em vários aspectos da literatura portuguesa medieval, foi sobretudo no domínio da lírica trovadoresca galego-portuguesa que a explorou, em primeiro lugar na tese de doutoramento, publicada em edição de autor como primeiro volume da série “História da Língua e da Literatura Portuguesa” (e tendo como depositário a Seara Nova). O título sinaliza a importância que tinha à época o estudo das origens, testemunhada em livros como o de Giovanni Alfredo Cesareo, Origini della poesia lírica in Italia (1899) e o de Alfred Jeanroy, Les origines de la poésie lyrique en France (1904), que Lapa aplicou no domínio da lírica galego-portuguesa (mas não só, como mostra a sua intervenção em 1930 na discussão em torno da prioridade do texto português da Demanda do Santo Graal [Miscelânea de Língua…, 1982, 303-340]). O objectivo consistia em saber como nascera a poesia lírica românica e, dentro dela, a poesia lírica de cada país da Europa novilatina. |
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