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Ficou da sua obra um intenso labor no magistério da economia política, matéria quanto à qual procedeu a uma incorporação de ideias recebidas de Friedrich List, do “ricardianismo” e dos “sistemas socialistas”, em particular de Karl Marx, bem como da tradição da chamada “escola histórica” (cf. “Origens do Socialismo”, 1874-5, Teoria Geral da Emigração... 1878 e Princípios de Economia Política, 1997). A sua obra sugere, quanto a alguns aspetos, um aparente ecletismo, o qual todavia traduz um esforço muito consciente de produção de um pensamento próprio, aberto a influências diversas, mas dotado de uma elevada coerência interna. A sua discussão da teoria económica é, antes de mais, inseparável do reconhecimento de uma componente de “dever ser”, de “eticidade” ou moral objectiva necessariamente associada às práticas económicas. Estando a economia política de Laranjo eminentemente inscrita no seu pensamento jurídico, em especial o relativo ao direito público, a sua obra constitui de facto uma variedade de “institucionalismo económico”, do qual se destacam as inferências explícitas em defesa do cooperativismo e da intervenção económica estatal. |
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