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Quanto às cooperativas, segundo esclarece podem ser: de comércio, de crédito e de produção. Todas elas, bem como a participação nos lucros, devem ser consideradas uma propedêutica para as industriais, a variedade que exige maior instrução, contabilidade mais rigorosa e melhor preparação moral. Prudência e gradualismo não iludem a radicalidade do intuito, correspondendo à remoção da figura do empresário, o qual é substituído pela autogestão operária: “A participação nos lucros e as cooperativas de consumo e de crédito são úteis não só em si mesmas, mas também como uma base económica e moral das cooperativas de produção, nas quais os operários se associam para produzir em comum e vender, substituindo o empresário por um gerente eleito por eles, recebendo somente um salário médio e repartindo no fim do ano os lucros” (Idem, pp.134-5). O esforço de periodização histórica assume assim um carácter marcadamente instrumental, constituindo uma forma de justificação das opções centrais da sua economia política. Reciprocamente, enquanto pensador de vincada inclinação “historicista”, Laranjo sente uma constante necessidade de apoiar a teoria e a doutrina nas pretensas lições fornecidas pela “mestra da vida”. |
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