![]() |
|||||||||||||
![]() |
![]() |
![]() |
|||||||||||
![]() |
|||||||||||||
| A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z | Estrangeiros | |||||||||||||
![]() |
|||||||||||||
Esta questão introdutória é demonstrativa da ideia cíclica e espiraliforme do seu ideário, compreendendo uma interligação dos assuntos culturais medievais, o que por sua vez tanto responde à busca da amplidão humana e às especificidades nacionais. O artigo “Migrações de Tópicos e Ideias Literárias” exprime a sua metodologia de compreensão espiraliforme na medida em que, como atentámos, compreende uma adaptação do mundo greco-romano e um conjunto de sucessivas renascenças. Essa ideia das renascenças sucessivas demonstra fielmente a compreensão em espiral dos fenómenos culturais, que passam por momentos de maior ou menor expressão, mantendo-se sempre presentes (“Migrações…”, 1984, p. 536). Além de dissecar os seus conceitos e ideias, podemos fazer uma aproximação ao conjunto alargado de temas pelos quais Pe. Mário Martins se debruça. Nesse sentido, podemos elencar o seguinte conjunto de temas estudados: Narrações Hagiográficas, Literatura Religiosa e Laica, Matéria da Bretanha, Teatro, Cultura Popular e Poesia. (Cabanas, Maria Isabel Morán , “Em torno dos contributos…”, 2009, pp. 182-188). No caso das Narrativas Hagiográficas, esse tema é ilustrado pelo estudo dos mártires olisiponenses: Verísssimo , Máxima e Júlia (Idem, ibidem; Martins, Mário, “A legenda dos santos mártires …”, 1964). Em relação à Literatura Religiosa, tema muito amplo, aponta as suas lentes a obras medievas como o Orto do Esposo ou o Vergel da Consolação (Idem, p. 186). Em relação a uma literatura de cariz laico, ou pelo menos não diretamente religiosa, podemos pensar em publicações como Os Bestiários na nossa literatura medieval (1951) ou “A amizade e o amor conjugal no Leal Conselheiro” (1979). No tema da Matéria de Bretanha, Martins foca-se principalmente na figura de Galaaz e em aspetos da busca do Homem Psicológico, em “A beleza e a força em La Queste del Saint Graal” (1979). Na dramaturgia medieval estuda, como não poderia deixar de ser, Gil Vicente, mas também algumas peças de teatro representadas e transportadas para a Índia e Japão ( Teatro Nas Cristandades Quinhentistas da Índia e do Japão, de 1986). Estuda também temas de Cultura Popular, nomeadamente algumas manifestações goliardescas , jogralescas e satíricas ( A Sátira na Literatura Portuguesa Medieval, (1986)). Em relação à Poesia, tanto estuda uma lírica religiosa, como uma lírica laica e até com uma breve incursão camoniana (“Os Lusíadas na Tragicomédia del-rei D. Manuel I” (1979); “A nossa poesia medieval, em latim rítmico” (1950)). Deve ainda referir-se o trabalho pioneiro de Martins no estudo dos códices alcobacenses, levado a cabo através de trabalhos parcelares que alimentam um todo, algo muito demonstrativo do seu método (Dionísio, João, “Mário Martins Um Convívio”, 1991, p. 209). |
|||||||||||||