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Com esse pequeno grupo fundaria em 1975 o Centro de Estudos de História Contemporânea Portuguesa(CEHCP) que desenvolveu uma contínua e profícua actividade sob a sua orientação, organizando colóquios e conferências com professores nacionais e estrangeiros e trazendo pela primeira vez a Portugal historiadores de grande relevo internacional como Eric Hobsbawn, Maurice Agulhon, Albert Silbert , Patrick Joyce, ou Michel Vovelle entre outros. Muito empenhada desde cedo na prática de uma historiografia que ultrapassasse as fronteiras da história nacional defende precocemente uma história comparada de oitocentos, época sobre a qual trabalhavam igualmente outros membros do CEHCP. Esse empenho manifestou-se logo em 1981 com a organização de um grande colóquio Ibérico que tinha por tema O Liberalismo na Península Ibérica na 1ª metade do século XIX. O colóquio, que se realizou na Fundação Calouste Gulbenkian, registaria uma grande e inesperada afluência de público que manifestava o vasto interesse que existia então por esta época que o Estado Novo tinha praticamente excluído do ensino da história mesmo ao nível universitário. O encontro seguia-se a um outro realizado no ano anterior peloGIS (depois ICS-UL), consagrado também a este século, que tinha já dado um sinal inequivoco do crescimento do interesse por aquele período. A principal diferença residia na dimensão Ibérica e comparativa do colóquio organizado pelo CEHCP que contou com a participação vários historiadores espanhóis e também de outros países. Vale a pena sublinhar que este Centro, o CEHCP (mais tarde apenas CEHC), foi durante bastantes anos um espaço de investigação dinâmico e produtivo. Para essa dinâmica contribuiu a sua aposta no debate interno, promovendo encontros regulares entre os seus membros em que se debatiam trabalhos historiográficos recentes e também as teses em curso dos doutorandos que o integravam. Entre outras actividades, o CEHC(P) organizou, por sua iniciativa, vários outros encontros internacionais, de que se pode destacar, muitos anos mais tarde, o colóquio luso-brasileiro Linguagens e fronteiras do poder realizado em conjunto com o Centro de Estudos do Oitocentos, do Brasil,que teve lugar em Lisboa em 2010, e que Miriam Halpern Pereira coordenou com o historiador brasileiro José Murilo de Carvalho.O CEHC(P) foi, além disso, editor de uma colecção de livros que tinha por título Portugal: Estado, Sociedade e Economia onde seriam publicadas obras valiosas referentes sobretudo ao século XIX, contando também com incursões no século XX. Tendo sido o primeiro centro de estudos criado no ISCTE, este viria a extingui-lo em 2014. |
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