Entre os temas eleitos para suas obras históricas destaca-se o da história diplomática, como era entendida na época a História das Relações Internacionais. Decorreu de sua inserção no Ministério das Relações Exteriores a escrita de obras sobre as relações Brasil-Estados Unidos numa visão crítica do pan-americanismo. Ambos os temas ocupavam a pauta da política externa brasileira num momento em que após a República (1889) se efetuava uma transição da órbita de influência europeia para a estadunidense. Notabilizou-se por confrontar as diretrizes impressas por Rio Branco e defender a integração do Brasil com a América Latina, em perspectiva bolivariana. As obras em que abordou a temática, além da dispersão numa miríade de artigos, incluem Nos Estados Unidos; História diplomática do Brasil – o reconhecimento do Império; Panamericanismo: Bolivar-Monroe-Roosevelt; América Latina e América Inglesa.

Pertenceu a inúmeras sociedades culturais e científicas, entre elas o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano, a Academia Brasileira de Letras, a Academia Pernambucana de Letras e a Academia de Ciências de Lisboa.

Foram fortes os vínculos mantidos com Portugal e em especial a longa amizade com Fidelino de Figueiredo, desde 1912, que coincide com a participação ativa deste intelectual na vida política portuguesa, antes de seu exílio no Brasil. Integravam também sua rede de sociabilidades no período pós-Primeira Guerra Alberto Lamego, António Sardinha, Carlos Malheiro Dias, Edgar Prestage, Hipólito Raposo e João Lúcio d' Azevedo. Esta inserção permitiu-lhe o acesso a universidades, publicações (Nação Portuguesa) e sociedades científicas (Academia de Ciências) em Portugal. Num momento de dissabores, quando a saúde precária e dificuldades financeiras tornavam sua vida em Washington bastante problemática, Oliveira Lima amparou-se nas origens lusitanas e encontrou nelas o reconhecimento de seu trabalho. Entre as homenagens por ele recebidas, destaca-se em 1923 o ciclo de conferências que foi convidado a ministrar na Faculdade de Letras de Lisboa, a propósito da inauguração da cadeira de Estudos Brasileiros. Foi a ocasião propícia para o reencontro com o mestre Teófilo Braga, que assistiu às suas exposições sobre a Independência do Brasil, a evolução histórica brasileira, a política externa e o desenvolvimento econômico do Brasil e o Brasil como potência americana. Estes estudos foram reunidos em volume em Aspectos da História e da Cultura do Brasil, publicado pela Universidade. No ano de seu falecimento, foi homenageado com um número especial da Revista de História de Lisboa.

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