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MARQUES, António Henrique Rodrigo de Oliveira S. Pedro do Estoril, 1933 – Lisboa, 2007 |
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Motivos pessoais fazem-no deixar os Estados Unidos em Julho de 1969, tendo um percurso bastante errante entre esse ano e o de 1976. Voltará, porém, aos Estados Unidos em 1970 e 1973, regendo cursos ou dando conferências, nas Universidades de Minnesota, de Wisconsin, de Indiana, de Chicago, de Illinois e Northern Illinois. Em Portugal, sem emprego fixo, recebe uma bolsa do Ministro da Educação Veiga Simão, que o nomeia para uma comissão encarregada de preparar a reforma dos Cursos de Letras. Trabalha e investiga agora mais em história contemporânea, muito em particular no Arquivo Afonso Costa, começando a publicar, em 1973, a História da I República Portuguesa, que tem a sua direcção. Depois da implantação da Democracia, ainda reentra na Faculdade de Letras em Outubro, mas o clima de agitação política que se vivia no tempo fê-lo renunciar ao lugar, para vir logo no mês seguinte a ser nomeado Director da Biblioteca Nacional de Lisboa, cargo que assume em efectivo de Fevereiro a Dezembro de 1975, mas no qual, malogradamente, não pôde levar a cabo as reformas que idealizara, dado o momento laboral convulsivo que então se vivia, ainda que de imediato tivesse dado acesso directo aos leitores ao Catálogo Geral da Biblioteca e a animasse culturalmente com a organização de algumas exposições. Continua do mesmo modo a proferir conferências sobre temáticas em que se encontrava comprometido como Cidadão: o Iberismo e a Maçonaria. E, integrando um projecto ligado a empresas e financiado pela Companhia de Seguros Império, veio a publicar o livro Para a História dos Seguros em Portugal (1977), outra temática em que é pioneiro. Em Julho de 1976, ao ser contratado, em comissão de serviço, como Professor Catedrático da Universidade Nova de Lisboa, inicia-se o seu terceiro e último ciclo da sua preenchidíssima vida académica. E mais concretamente a partir do momento em que é empossado como Presidente da Comissão Instaladora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, em Dezembro de 1977, coordena os trabalhos que lhe irão dar corpo até Outubro de 1980. É ainda nomeado Director do Ano Propedêutico, que foi criado pelo Governo em 1977, como um ensino preparatório para a entrada na Universidade. Virá por duas vezes a ser Presidente do Conselho Científico da Faculdade e, no âmbito do Departamento de História, em que se encontrava integrado, prepara a abertura da licenciatura e dos cursos de mestrado em História Medieval e em História dos séculos XIX-XX, que arrancam na década de 80. Durante estes anos continua a proferir conferências no estrangeiro, agora com uma significativa presença em Universidades brasileiras (de S. Paulo, Curitiba, Católica de Santos, Católica de Porto Alegre), onde, no mês de Setembro de 1978, aborda temas da historiografia portuguesa contemporânea. Sendo professor catedrático efectivo da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas rasgará com a sua docência e com a orientação de dissertações de mestrado e teses de doutoramento, dentro e fora da sua Escola, novos horizontes de investigação na medievalidade portuguesa, nas temáticas da história urbana, no recentramento, com novas conceptualizações e metodologias, da história rural, na abertura ao estudo das casas senhoriais, entre outras. Em Maio de 1993 passa a fazer parte do Departamento de Estudos Alemães, coordenando a área de História da Cultura e nele se veio a reformar em 2003, embora tenha também leccionado no Departamento de Ciências Políticas e Relações Internacionais, em cuja criação se empenhou. |
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