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Pois sua tenaz e engajada aplicação, na história e na historiografia, de concepções nacionalistas acerca da realidade brasileira, em articulação com concepções evolucionistas, progressistas e teleológicas da prática e do saber histórico em geral, legou à posteridade uma obra carregada de anacronismos e outras distorções interpretativas, reiteradas e muitas vezes até acentuadas ao longo de mais de quarenta anos de intensa atuação intelectual. Exemplo disso é a virulenta crítica dirigida à História da América portuguesa, de 1730, cujo autor, Sebastião da Rocha Pita é condenado por Rodrigues como “antiíndio, antinegro, pró-escravidão, antijudeu, antipaulista, antiBrasil, pró-Portugal. É um colonialista empedernido de tal forma que, no Brasil, só alguns baianos, maranhenses e paraenses conseguiram ser, despojando-se da essência do caráter nacional”; prossegue escandalizado com o fato de que, para Pita, “os ataques holandeses não são contra os brasileiros, mas contra os portugueses, tal como sua América é portuguesa e não brasileira” (História da história do Brasil, p.498). |
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