| A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z | Estrangeiros | |||||||||||||
Terminou o curso em 29 de Junho de 1941 com uma dissertação intitulada Da letra em branco. A sua vida de estudante é já reveladora da sua ideologia inicial e até de traços da sua idiossincrasia. Foi militante católico no Centro Académico de Democracia Cristã (CADC), de que foi presidente em 1939-1940 e 1940-1941, e colaborador e director da sua revista, Estudos. Mas também colaborou no jornal da Academia de Coimbra, Via Latina, por vezes de um modo polémico (“violento e impetuoso”, como veio a dizer o monárquico Henrique Barrilaro Ruas em 1946, numa polémica com Henrique Beirão – ver Carta-Aberta de Henrique Barrilaro Ruas a Henrique Beirão, Coimbra, 1946, p. 23), como quando, em 30 de Abril de 1941, atacou a História de Portugal de António Sérgio. Mas onde também considerou o marxismo (como o procurava defender Barrilaro Ruas) “uma atitude tão lícita como qualquer outra”, julgando, no entanto, inadmissível a “mistificação dos factos e das ideias” a que poderia conduzir. Parece, assim, que Silva Dias, ainda jovem, já tendia para uma crítica a uma “história ensaística”, onde surgiam prejuízos teóricos, afastada da metodologia de análise dos documentos, análise essa que constituiria, para ele, o fundamento da História. A História da Cultura, de António José Saraiva era também por ele criticada em conversas com os seus discípulos, devido a esses “defeitos”. |
|||||||||||||