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STEPHENS, Henry Morse | |||||||||||||
Importa notar, no entanto, que o historiador escocês reconhecia a impossibilidade de se alcançar a verdade através da investigação: por um lado, os vestígios do passado que resistiram à passagem do tempo jamais seriam suficientes para reconstruir os eventos passados na sua totalidade; e, por outro, o historiador, enquanto ser humano, estaria sempre sujeito a limitações naturais que não lhe permitiriam mais do que uma aproximação à verdade. Nas palavras de Stephens, «every historian is unconsciously biased by his education and surroundings and in his historical works displays not only his interpretation of the past, but also the point of view of the period in which in lives» (“Nationality and History”, 1916, pp. 225-226). Mas o historiador foi mais longe: na sua perspectiva, cada geração de historiadores narra a sua própria interpretação do passado, sendo que é essa permanente mudança de interpretação que permite «the perpetual re-writing of the long story of man» (Idem, p. 225). Não deixa de ser curioso que, embora as suas reflexões revelem a influência de tendências intelectuais e historiográficas da época em que viveu, o historiador escocês tenha demonstrado uma notável consciência histórica. Henry Morse Stephens faleceu a 16 de Abril de 1919, em Berkeley (Califórnia), depois de longos anos dedicado à investigação e ao ensino da História. Bibliografia activa: “Portugal”, Encyclopaedia Britannica, vol. XIX, New York, Charles Scribner’s Sons, 1885 (9.ª ed.), pp. 536-555; A History of the French Revolution, 3 vols., New York, Charles Scribner’s Sons, 1911 (1.ª ed. 1886-1891); “Modern Historians and Small Nationalities”, The Contemporary Review, vol. LII, Jul-Dec. 1887, pp. 107-121; The Story of Portugal, New York, G. P. Putnam’s Son, 1891; Albuquerque, Oxford, The Clarendon Press, 1892; The Principal Speeches of the Statesman and Orators of the French Revolution (1789-1795), 2 vols., Oxford, The Clarendon Press, 1892; Revolutionary Europe (1789-1815), vol. VII, Periods of European History, Arthur Hassall (ed.), London, Rivington, Percival and Company, 1894; “History”, Counsel upon the reading of books, Boston e New York, Houghton, Mifflin and Company, 1901, pp. 23-94; Select Documents of English Constitutional History, George Burton e Henry Morse Stephens (eds.), New York, The Macmillan Company, 1914; “Nationality and History”, The American Historical Review, vol. XXI, n. º 2, London, The Macmillan Company, 1916, pp. 225-236. |
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