Para além destas, durante algum tempo houve uma secção intitulada «Trabalhos de Alunos», destinada justamente à divulgação de trabalhos dos estudantes da Faculdade. Uma outra, intitulada «Crónica», dava notícia, por exemplo, de jubileus universitários e doutoramentos solenes; e ainda uma outra, que recebeu o título «Vida da Faculdade», oferecia notícias acerca de doutoramentos, licenciaturas, conferências, provas académicas e viagens de estudo, testemunhando o labor científico dos professores e alunos da Faculdade de Letras de Coimbra.
Biblos contava também com um pequeno sumário no início e um ou mais índices no final de cada número, bem como ilustrações, mapas, fotografias e apêndices e, por vezes, artigos em língua estrangeira (alemão, francês, italiano, entre outros idiomas).
A que público se destinava Biblos? Enquanto Boletim da Biblioteca da Faculdade de Letras, a “todos quantos estudam a sério e com paixão os nossos problemas linguísticos, históricos, literários, etc., apontando-lhes o que lá se publica, ou lá fóra aparece a nosso respeito.” (Vol. I, Nº 1, Janeiro, 1925, p. 5). Este propósito manteve-se quando se tornou Revista da Faculdade, ao qual se somou o desejo de levar “a toda a parte, onde houvesse a paixão, o interesse ou a simples curiosidade scientífica, um pouco dos trabalhos daqueles que por profissão e amor se consagram ao ensino das línguas clássicas e modernas, das literaturas românicas, da germanística, dos problemas geográficos e históricos, da filosofia e da arte.” (Ibidem, p. 2). Infere-se, pois, pelos objectivos, conteúdo, problemáticas e temas explorados, acessibilidade económica e ainda que raramente pela língua em que se redigiam certos artigos, que Biblos se destinava a um público com um nível de escolaridade avançado e um nível de vida sólido, capaz não só de comportar o custo de compra da revista, mas também de compreender as temáticas abordadas e os problemas discutidos.
Por fim, cumpre inscrever Biblos no quadro de correntes historiográficas, evocando para isso artigos que nos parecem mais significativos de vários colaboradores da revista. Com efeito, pelo facto de ter congregado um grande leque de cultores da história, Biblos apresenta-se como uma síntese de diferentes práticas historiográficas.