Justifica-se, igualmente, a consulta das listas de sócios do Instituto, em diferentes momentos da sua vida institucional, de modo a distinguir dos historiadores mais significativos. A título de exemplo, contam-se entre os primeiros sócios honorários, o conde Atanasy Raczynski (1788-1874), D. Manuel Francisco de Leitão e Carvalhosa (1791-1856), o 2.º Visconde de Santarém, Almeida Garrett (1799-1854), Heinrich Schäefer (1794-1869), Ferdinand Denis (1798-1890), Cesare Cantù (1804-1895), Alexandre Herculano (1810-1877), Luís Augusto Rebelo da Silva (1822-1871), entre outras individualidades destacadas da cultura histórica portuguesa e internacional, evidenciando o interesse conferido à História. Num outro prisma, recordamos que o Instituto apoiou a criação de uma Secção de Arqueologia, no âmbito da Classe de Literatura, Belas Letras e Artes, mantendo uma colecção museológica, a qual integraria o acervo do futuro Museu Machado de Castro (1873-1874).
O primeiro número d’O Instituto seria publicado a 15 de Março de 1852, não registando lacunas editoriais expressivas até ao seu completo estiolar em 1981, pelo que é lembrado como um dos periódicos científico-literários mais duradouros no nosso panorama cultural. As suas tiragens oscilaram entre os 750-900 exemplares, os quais podiam ser adquiridos avulso, mas preferencialmente por assinatura, a um preço inicial de 300 réis. Com uma periodicidade primeiramente quinzenal, rapidamente se estabeleceria uma edição mensal, sendo sempre impresso em Coimbra, a expensas da Imprensa da Universidade. Aliás, entre tantos obstáculos, refira-se que o encerramento compulsivo da mesma Imprensa da Universidade (1934) ocasionou constrangimentos sérios à sua continuidade, sendo a sua publicação assegurada por outros editores, entre os quais a Coimbra Editora.
Adoptando originalmente o modelo gráfico de um “jornal” (formato in-oito grande), embora seja assunto algo indefinido, iria evoluir gradualmente para um formato mais adaptado às matrizes de uma revista, pelo que, após a aprovação do Regulamento do Jornal do Instituto de Coimbra (1861), apresentava-se graficamente a uma ou duas colunas de texto, ornado sobriamente com gravuras e fotografias.