De entre os espaços do Direito, da Sociologia, da Filosofia ou da Religião, perscrutou ainda a Astronomia e a Matemática e noticiou os principais avanços na Medicina, num rol quase infindável de assuntos, acontecimentos e matérias retratadas. Embora não fosse saudosista, dado que foi progressista na sua essência, O Instituto não encarou o passado histórico com nostalgia, mas com exemplificações oriundas da na nossa História. Não se tratava, contudo, de um memorial de feitos esquecidos, antes reocupado em reescrever a História de acordo com métodos historiográficos científicos.
Os interesses historiográficos difundidos pel’O Instituto encontram-se na acuidade deferida à celebração de efemérides e personagens marcantes da História da Cultura portuguesa, patente nos números comemorativos alusivos ao centenário da morte do Marquês de Pombal (vol. XXIV, 1877); o 4.º centenário da descoberta do Novo Mundo por Cristóvão Colombo (vol. XL, 1892); o 5.º centenário do nascimento do infante D. Henrique (vol. XLI, 1894); o 4.º centenário da descoberta do caminho marítimo para a Índia (vol. XLV, 1898); o 1.º centenário do nascimento de Almeida Garrett (vol. XLVI, 1899); o 4.º centenário da viagem de Fernão de Magalhães (vol. LXVIII, 1921); o 4.º centenário da instalação definitiva da Universidade em Coimbra (vol. XCII, 1937); o 3.º centenário da Restauração (vol. XCVI, 1940); o 1.º centenário da fundação do Instituto de Coimbra (vol. CXV, comemorado em 1953); o 5.º centenário da morte do infante D. Henrique (vol. CXXIII, 1961), entre outras comemorações.
Em relação à escrita e aos domínios da História, refira-se a multiplicidade, evolução e alcance da componente historiográfica d’O Instituto ao longo da sua duração, contando com individualidades como Augusto Filipe Simões (1835-1884), Francisco de Sousa Viterbo (1845-1910), Augusto Mendes Simões de Castro (1845-1932), João Correia Ayres de Campos (1847-1920), Eduardo Joaquim Brazão (1851-1925), João Lúcio de Azevedo (1855-1933), José Maria de Queiroz Veloso (1860-1952), António Baião (1878-1961), Francisco Manuel Alves (1865-1947), o Abade de Baçal, Vergílio Correia (1888-1944), Paulo Merêa (1889-1977), Armando Cortesão (1891-1977), Joaquim de Carvalho (1892-1958), Artur de Magalhães Basto (1894-1960), Manuel Lopes de Almeida (1900-1980), Torquato Brochado de Sousa Soares (1903-1988), Virgínia Rau (1907-1973), Joaquim Veríssimo Serrão (1925-), etc., etc.