Os conteúdos típicos da estrutura interna da revista foram mudando ao longo da sua vida editorial, como será compreensível, abrangendo editoriais, crónicas, noticiários, artigos científicos, reflexões literárias, libelos políticos, necrologias, anúncios publicitários, etc.
Apresentando um layout gráfico simples, promoveu, desde as suas origens, a inclusão de fotografias e ilustrações, ainda que não impressas a cores, sendo que as imagens não eram utilizadas em abundância, o que ainda sucede. O periódico continua a apresentar textos densos e esteticamente sóbrios, pois destina-se a um público mais letrado, atendendo à cientificidade dos seus assuntos. Com um preço tabelado nos valores actuais de 7,00€ (número avulso), é possível assinar esta publicação com um preçário díspar para personalidades militares, civis e entidades, dentro e fora de Portugal.
A Revista Militar foi regida por três estatutos distintos, enumerando-se os que aludem à sua fundação, em virtude do “Contrato de Empresa da Revista Militar”, de 1 de Dezembro de 1848. Seriam novamente revistos a 1 de Janeiro de 1862, seguindo-se os Estatutos de reconhecimento e apoio expresso pelo Ministério da Guerra, de 7 de Dezembro de 1905. Portanto, a Empresa da Revista Militar rege-se hodiernamente pelos estatutos de 1905 e pelo regulamento Interno aprovado em assembleia geral, de 10 de Dezembro de 1996. O número dos sócios efectivos não deverá exceder os 70 elementos, podendo ser eleitos os oficiais que se distinguiram enquanto colaboradores da Revista Militar ou civis dedicados às problemáticas da Defesa. Deve-se distinguir a profunda transformação institucional ocorrida em 1905, o que motivou uma reorganização de várias publicações militares, as quais se fundiram organicamente com a Revista Militar. A partir de então, dispõe de um financiamento público directo e a própria escolha do director ficou sob a alçada directa do Ministro da Guerra, hoje Ministro da Defesa.