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Não obstante residir em Newcastle, urbe provinciana e industrial, afastada dos pólos da vida cultural e académica britânicas, manteve, ao longo da sua vida, contacto pessoal ou por correspondência com a maioria dos intelectuais e literatos ingleses que então se interessavam pelas nossas letras, nomeadamente poetas e lusófilos como Robert Southey e Edward Quillinan, tradutores de Camões como Lord Strangford, Thomas M. Musgrave e William Hayley, mas igualmente com viajantes como William M. Kinsey. Merece igualmente destaque o facto de o lusófilo de Newcastle ter servido de elo entre os diversos elementos da geração romântica de lusófilos britânicos e as figuras cimeiras da vanguarda intelectual e literária do nosso país com quem estabeleceu importantes contactos, em particular com os emigrados liberais que haviam buscado refúgio na Grã-Bretanha, temendo as perseguições que lhes eram movidas por D. Miguel. É neste preciso contexto que irá conhecer e travar relações de amizade com Almeida Garrett, encetando um processo de diálogo intelectual e de intercâmbio bibliográfico que perdurou após o regresso deste último a Portugal, facto comprovado pela correspondência entre eles trocada, que poderá ser consultada na Biblioteca da Universidade de Coimbra. Outra personalidade que o lusófilo afirma ter conhecido é D. José Maria de Sousa Botelho, Morgado de Mateus, autor que terá alegadamente fornecido a Adamson preciosas informações sobre a temática camoniana e a quem este último viria a recorrer na elaboração de Memoirs of the Life and Writings of Luís de Camoens (1820). Sabemos ainda que o lusófilo manteve correspondência com D. Pedro de Sousa Holstein, Duque de Palmela, e com José Gomes Monteiro, facto confirmado por Adamson em cartas trocadas com Almeida Garrett. Eventuais contactos entre o nosso autor e as personalidades referidas poderão ter ocorrido na capela da embaixada de Portugal em Londres ou na residência de Lord Holland. Porém, foi junto dos livreiros e bibliófilos James Gooden e Richard Heber, a quem Adamson adquiria regularmente edições e espécimes de grande valor e lhe concediam livre acesso às suas colecções de livros portugueses, que o lusófilo conheceu Garrett. |
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