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ARNAUT, Salvador Dias | |||||||||||||
Iniciou a sua carreira universitária em 1952, como Segundo Assistente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, integrando um grupo de História marcado por uma historiografia que, do ponto de vista metodológico, se pautava pelo paradigma da escola metódica alemã, mas que, do ponto de vista dos temas em análise, não se circunscrevia, apenas, ao político e institucional. Teve como mestres Mário Brandão, M. Lopes de Almeida, Torquato de Sousa Soares, Damião Peres. SAD ingressou na carreira académica, nos inícios dos anos cinquenta, com o medievalista Avelino de Jesus da Costa e o arqueólogo João Manuel Bairrão Oleiro. Vivia-se, no Grupo de História da FLUC, no dizer de António de Oliveira, “o começo de um tempo de novos historiadores”, representando, no dizer deste historiador, “uma terceira geração” de historiadores da Faculdade de Letras. Tempo de futuro que seria marcado, na década de sessenta, por uma mudança consistente na forma de conceber e de escrever a História, protagonizada por António de Oliveira, Jorge de Alarcão, Luís Ferrand de Almeida e Silva Dias, historiadores que terão o gosto de orientar jovens que já nasceram para a investigação histórica num tempo de liberdade. Gosto partilhado por Salvador Dias Arnaut. Desde logo, acompanhou de perto os dois mais jovens assistentes, entrados nos inícios da década de 70 na Faculdade, João Lourenço Roque e Maria Helena da Cruz Coelho, dividindo com eles o saber e não menos o gosto pela vida. De notar que SDA realiza a licenciatura em História, no âmbito da qual elabora a tese dedicada à batalha de Trancoso, numa década marcada pela celebração dos centenários da Fundação da Nacionalidade e da Restauração de 1640 e, consequentemente, num tempo de particular controlo da produção historiográfica académica. Viviam-se, então, tempos contraditórios. Na Escola de Coimbra conhecia-se a produção historiográfica europeia trazida por intelectuais acolhidos em Coimbra no contexto da segunda guerra mundial, caso de Pierre David, ou por historiadores estrangeiros convidados a proferir conferências, Charles Verlinden, ou a publicar numa secção da Revista Portuguesa de História intitulada “Historiografia Nacional e Estrangeira”. |
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