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ARNAUT, Salvador Dias | ||||||||||||
“Aljubarrota foi o momento culminante, o cimo da montanha que se subia desde o final de 1383”. A construção histórica de SDA indicia, em múltiplos contextos, os conhecimentos científicos adquiridos na Faculdade de Medicina. Deu ao prelo, no entanto, trabalhos em que o cruzamento das competências do historiador e do médico são particularmente evidentes. No mesmo ano em que defendeu a tese de licenciatura, publicou na Revista Portuguesa de História um artigo intitulado Flechas com erva na guerra entre Portugal e Castela no fim do século XI. Num texto dedicado a uma técnica de guerra utilizada pelos exércitos de Castela, analisam-se as descrições documentais dos sintomas dos soldados alvejados pelas setas envenenadas e identifica-se a erva mortífera utilizada pelos exércitos castelhanos, o acónito, planta existente em Portugal, na região de Trás-os-Montes. Trata-se de um fundamentado texto científico que só poderia sair da pena de quem dominava conhecimentos provenientes da História, da Botânica, da Medicina e das Ciências Farmacêuticas. No que concerne à tese de doutoramento, A Crise Nacional dos fins do século XIV. A sucessão de D. Fernando, atente-se ao que se escreve num curriculum do autor datado de 1960: “Esta obra, desenvolvendo ideias expostas na primeira, consolida na historiografia da crise uma verdadeira viragem. O candidato do povo, já em tempo de D. Fernando, era o infante D. João, filho de D. Pedro e de D. Inês de Castro – atitude que tinha toda a lógica, desde que (e era o caso) não se considerasse D. Beatriz com direito ao trono: extinta a linha directa ia-se à colateral, e o Infante vinha logo à cabeça, pois era considerado filho legítimo de D. Pedro, como D. Fernando. Estava, porém, o Infante em Castela, e preso pelo rei, e, na sua ausência, seu irmão bastardo, Mestre de Avis, foi o chefe da revolta de Dezembro de 1383 – revolta que fez em nome do ausente, mais tarde preterido por esse irmão que o representava. Mas o partido do Infante não morreu com a elevação do Mestre de Avis a rei. Continuou para além das cortes de Coimbra de 1385, acabando por, morto, o Infante, dar a dignidade de rei de Portugal no exílio a seu irmão D. Dinis – um rei, um governo no exílio. Antes desta nova maneira de ver, era corrente, ao tratar-se dessa crise do final do século XIV, quase não se falar dos filhos de Inês de Castro. |
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