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Filho de Eduardo Joaquim Brazão (1851-1925) e de Mª José da Silva Reis Brazão, nasceu em Lisboa, a 1 de Fevereiro de 1907. O pai, cujas Memórias compilou e publicou (1925), foi casado, em primeiras núpcias, com a célebre actriz Rosa Damasceno (1849-1904) e era considerado o maior actor do seu tempo, alcançando relevante prestígio social. A sua casa era frequentada pelos mais conhecidos dramaturgos e artistas da época, ambiente em que cresceu o jovem Eduardo. Procurando afastá-lo do mundo do teatro, a mãe enviou-o para o Colégio de La Guardia, onde se tinham refugiado os jesuítas, expulsos novamente de Portugal com a implantação da República. Regressou a Lisboa para fazer o exame do 7º Ano do Liceu e, a conselho de Lino Neto, acabou por optar pelo curso de Direito. No seu primeiro ano, como aluno voluntário, ficou deslumbrado pelas lições de Paulo Merêa. Considerou-se seu discípulo, sentindo-se cada vez mais atraído pela História. Receosa de que as distracções da capital o desviassem dos estudos, a mãe enviou-o, no seu 2º Ano, para a Universidade de Coimbra, onde se albergou numa república de rapazes católicos. Em Lisboa, frequentava a boémia literária, escrevia para os jornais e compôs um livro de poemas – Maria do Mar (1928) – com ilustrações de Arlindo Vicente. Conviveu com intelectuais e artistas das mais variadas inclinações políticas, de João Ameal ou Alfredo Pimenta a Almada Negreiros e Álvaro Cunhal. Monárquico, foi um entusiasta partidário do Integralismo Lusitano, seguiu Maurras na sua orientação e Sardinha na propaganda nacionalista, vibrou com Sidónio e entusiasmou-se com D. Duarte (Memorial…, 1976, pp. 178 e 308, 309). |
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