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Talvez se possa opinar que Adolfo Coelho conta menos como historiador do que como agente de mudança e, por aí, como personagem histórica. Foi ele, afinal, com o radicalismo das suas posições contra o regime, o responsável directo pelo encerramento das Conferências do Casino Lisbonense em 1871 e pela aura que lhes é imputada como momento decisivo na crise de mudança de mentalidades e de forças no Portugal novecentista, aura que provavelmente as conferências não teriam adquirido se tivessem prosseguido livremente e de acordo com o programado. No demais da sua acção como promotor do incremento pedagógico do país e como introdutor de novas perspectivas científicas no estudo da linguagem, Adolfo Coelho apresenta-se sempre com os olhos postos no futuro que ajuda a criar, mais do que no passado que alimenta a história. Postas estas ressalvas, como não reconhecer que no seu tempo os modos de pensar e inquirir, os instrumentos, referências e programas rescendiam a diacronismo e faziam de cada qual que se aventurasse na produção de ciência um historiador malgré lui? |
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