Eduardo d'Oliveira França nasceu em Queluz, estado de São Paulo em 1915 e faleceu em São Paulo, capital, em 2003. Seus pais eram professores e seus avós, pelos dois ramos, fazendeiros em Guaratinguetá (São Paulo) e Barra Mansa (estado do Rio de Janeiro), o que o fazia profundamente identificado com a região do rio Paraíba do Sul, importante área cafeicultora na época do Império. Seu curso primário foi realizado em várias cidades do vale, assim como o secundário, cumprido em tradicional ginásio de Guaratinguetá.

Ingressou em 1932 na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (“Arcadas”) em São Paulo e em 1934 no curso de História e Geografia da Faculdade de Filosofia, da então também recém-criada Universidade de São Paulo. Na primeira foi aluno de grandes juristas da época, como Waldemar Ferreira, comercialista e historiador do direito e Almeida Junior. Na Faculdade de Filosofia teve como professores, entre outros, Plinio Ayrosa, Afonso Taunay e os franceses Pierre Monbeig e Fernand Braudel.

Tendo também cursado a Escola de Professores do Instituto de Educação, tornou-se por concurso professor de Educação na Escola Normal. Lecionou mais tarde em outras escolas de ensino secundário da capital e na faculdade de filosofia da Universidade Católica de São Paulo. Ingressou depois na Faculdade de Filosofia da USP, indicado para professor assistente por Fernand Braudel. Após breve período como professor de História Antiga e Medieval, fixou-se em História Moderna e Contemporânea, onde foi assistente também do especialista na Reforma, Émile Leonard. Em 1946 concluiu seu doutorado, consolidando sua posição acadêmica na USP e em 1951 ascendeu à cátedra de História Moderna e Contemporânea.

A partir daí sua vida profissional foi inteiramente dedicada à Universidade de São Paulo, com curtas estadias para ministrar cursos na Bahia e no Ceará e, em 1955, na Universidade de Coimbra. Foi membro atuante da congregação da Faculdade de Filosofia e do Conselho Universitário e dirigiu o departamento de História, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas de 1972 a 1974 e a Escola de Comunicação e Artes de 1980 a 1984.

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