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As interpretações do autor sobre a história em geral partem de uma premissa, exposta na epígrafe de sua primeira tese, em 1946: conhecer o homem apenas por sua dimensão material é insuficiente, pois ele também é feito de um rico tecido espiritual, feito de instintos, sentimentos e emoções. No momento em que começava a grande valorização da história econômica e que, no Brasil, se iniciava a descoberta da própria ciência econômica e a aposta no desenvolvimento, Eduardo França não apenas trabalhava um tema de história política, o poder real português, como afirmava o interesse pela dimensão integral do homem, demonstrando à Lucien Febvre uma empatia psicológica com seu comportamento. Assim como considerava a história do ponto de vista cognitivo um conjunto não fragmentável em subespecialidades, também via o processo histórico como algo integrado, em que determinado recorte definido a partir de um problema somente seria fecundo se recuperasse o conjunto de relações que levantava. Essa convicção perpassa sua obra e a encontramos em ambas as teses e no estudo sobre a “traição” dos cristãos novos em 1624 (de 1970), a propósito da invasão holandesa à Bahia. |
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